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Nas redes, há indignação com a pouca visibilidade de sumiço dos yanomamis

Internautas perguntam onde estão os desaparecidos e pedem justiça

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São Paulo

No fim de abril a Polícia Federal iria iniciar a busca por uma adolescente yanomami e uma criança da comunidade Aracaçá, na região de Waikás, na terra indígena Yanomami. O caso se tornou público após denúncia de estupro e desaparecimento feita por Júnior Hekurari Yanomami, líder indígena yanomami e presidente do Condisi-YY (Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kwana).

Na manhã do último sábado (30), a comunidade foi encontrada queimada e vazia. Ali viviam aproximadamente 25 pessoas, das quais não se tem notícias até o momento.

A história movimentou as redes sociais. Na terça-feira (3), "CADÊ OS YANOMAMI?" tornou-se um dos assuntos mais comentados do Twitter. A hashtag #OndeEstaoOsYanomami também é uma das mais ativas. Postagens sobre o tema são virais em outras redes, como o Instagram.

Fotografia colorida com baixa qualidade mostra estruturas de madeira queimadas sobre terra e mato com fuligem.
Comunidade Aracaçá, na terra indígena Yanomami (RR), é encontrada queimada e vazia após as suspeitas de estupro de uma menina de 12 anos - Júnior Hekurari Yanomami no Twitter

Invisibilidade

"Todas as vidas importam mesmo?", questionou uma usuária do Instagram. A falta de informações, a ausência de posicionamento das autoridades sobre o caso e a escassa cobertura dos veículos de comunicação têm sido criticadas pelos internautas, que apontam indignação seletiva e pedem justiça.

No Twitter, há ainda outras hashtags, como #SOSYANOMAMIS. Além de protestar contra a falta de informações, usuários citam garimpo enquanto prática ligada a crimes no Brasil.

Vídeos antigos de reportagens sobre violência contra os yanomamis foram recuperados. Internautas também analisam inserção do garimpo em territórios indígenas e apontam racismo ambiental.

Silenciamento e ameaças

O líder indígena Júnior Hekurari Yanomami disse ainda que os yanomamis estão sob ameaça. Ele visitou a região em Roraima na quarta (27) e na quinta (28) com equipes da Polícia Federal, Ministério Público Federal, Funai (Fundação Nacional do Índio) e Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena). Na ocasião, encontraram seis indígenas que, segundo Júnior, pareciam ‘‘bem orientados'', com medo de falar.

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