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#DataToalha entrevista ambulantes e viraliza nas redes

Harumy Sato, estudante de jornalismo, conversou com ambulantes sobre a venda de 'toalhas eleitorais'

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São Paulo

Pensando especialmente nas redes sociais, a estudante de jornalismo Harumy Sato, 20, foi à rua Uruguaiana, importante ponto comercial da região central do Rio, entrevistar vendedores ambulantes a respeito da venda de toalhas com candidatos à Presidência nas eleições de 2022.

A breve reportagem em vídeo, sob o título #DataToalha (alusão ao Datafolha), é fruto do laboratório de Inovação da faculdade de jornalismo da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), onde Harumy faz graduação.

A estudante, hoje, trabalha como web designer e é editora-chefe do site Pelos Subúrbios, uma iniciativa multiplataforma de "jornalismo suburbano", como ela descreve.

Com foco no jornalismo digital, Harumy ainda não tinha considerado se aventurar nas ruas para comandar uma reportagem. Até que decidiu aproveitar seu trânsito pelo Rio —ela mora em São João, trabalha no Fundão e estuda na Urca, trajeto que atravessa a cidade— e produzir seu trabalho para a faculdade .

Com ajuda de um amigo, que fez as vezes de cinegrafista, Harumy percorreu o movimentado centro da cidade durante 40 minutos e conversou com vendedores, perguntando sobre a perspectiva comercial de cada um a respeito das vendas de toalhas eleitorais, além de "tirar a teima" de quais estão entre as mais vendidas, assunto debatido há semanas nas redes sociais.

O #DataToalha viralizou em diversas redes, como TikTok e Twitter, sendo compartilhado também por outras contas além de Harumy. Entre aqueles que compartilharam o vídeo, está o ex-presidente Lula (PT) que, de acordo com os vendedores entrevistados por Harumy, estampa as toalhas líderes de vendas.

"Recebi muitos comentários criticando a 'falta de metodologia'", diz Harumy ao #Hashtag sobre a repercussão. "O #DataToalha não deve ser levado a sério como pesquisa eleitoral, mas não pode ser desprezado", afirma, já que o propósito maior da reportagem não é medir forças entre candidatos, mas colocar em cena quem comercializa produtos com eles.

"Apesar de uma matéria ter dito que sim, não sei até que ponto o #DataToalha pode ser encarado como um termômetro para as eleições; os bolsonaristas, imagino, compram mais bandeiras do Brasil do que toalhas", pondera. "O que achei interessante é como aqui no Rio a cultura ambulante transformou a figura do Lula, por conta das toalhas, em uma figura pop das ruas", conclui.

A repercussão do vídeo não atingiu somente Harumy, que mantém contato com os ambulantes que entrevistou e continua monitorando as vendas de artigos relacionado às eleições. Ela afirma que eles relataram aumento de vendas após a reportagem viral.

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