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Descrição de chapéu ataque à democracia

Perfil no Instagram reúne fotos de extremistas da invasão em Brasília

Contragolpe Brasil expõe e identifica golpistas que publicaram nas redes imagens de ataques

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São Paulo

O perfil Contragolpe Brasil, criado no Instagram na tarde deste domingo (8), divulga imagens de vândalos que participaram da invasão do Congresso, do STF e do Palácio do Planalto, em Brasília.

A tentativa é de facilitar a identificação dos golpistas que publicaram vídeos e fotos de atos de vandalismo na praça dos Três Poderes e nos edifícios da sede do Governo Federal. Até o fim da manhã desta segunda (9), o perfil já acumulava 755 mil seguidores e 142 publicações.

"Perfil para a identificação dos (as) criminosos (as) que atentam contra a democracia do Brasil!", diz a descrição da página. O #Hashtag entrou em contato com os criadores do perfil para saber mais sobre como está sendo feita a identificação dos participantes, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

Com o auxílio da ferramenta PimEyes, que permite vasculhar a internet a partir de fotos de rostos de pessoas, o blog foi capaz de identificar algumas das pessoas apontadas pelo Contragolpe como participantes da invasão em Brasília e atestar seus elos com o movimento bolsonarista e com atos golpistas.

Uma das pessoas mapeadas, por exemplo, é o cantor gospel Salomão Vieira. Ele aparece fixado no perfil, que o classifica como um dos financiadores dos atos de extremistas, junto à foto de Ana Priscila Azevedo, apontada como uma das instigadoras dos ataques à democracia. Os perfis de ambos no Instagram foram suspensos, mas é possível encontrar alguns materiais.

Azevedo ainda possui um perfil ativo no Twitter. Em um vídeo publicado no sábado (7), um dia antes dos ataques extremistas, ela afirma que "vamos entrar em guerra".

Nos comentários, usuários apontam que boa parte dos manifestantes adotou estratégias de camuflagem, possivelmente para dificultar a identificação. Óculos de Sol, chapéus e bonés, máscaras contra a Covid-19, bandanas ou bandeiras no rosto foram utilizadas. "E o medo de mostrar o rosto porque sabe que está errada", comenta o usuário @gabrielfonsecc.

A técnica tenta burlar sistemas de reconhecimento facial automatizados. Ao suprimir informações como distância e formato dos olhos, cor da íris, tamanho e forma do nariz e boca, dificulta a identificação por algoritmos de inteligência artificial.

Em outras redes, usuários divulgam e repostam a página, engajados na identificação dos bolsonaristas.

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