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'Escravizados do vinho' geram revolta, campanhas e pedido de boicote nas redes

Entidade industrial de Bento Gonçalves culpa sistema assistencialista

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São Paulo

Homens contratados para trabalhar na colheita de uva em Bento Gonçalves, na serra gaúcha, foram resgatados na semana passada em situação análoga à escravidão. Ao menos 207 trabalhadores relataram ter sido enganados pela promessa de emprego temporário, salário de R$ 4.000, alojamento e refeições. Eles afirmaram ainda que eram submetidos a choques elétricos e sofriam piadas pejorativas de sua origem (Salvador, Bahia).

Fotografia colorida mostra trabalhadores dormindo em colchões no chão de ginásio
Trabalhadores resgatados em regime análogo à escravidão foram alojados em ginásio de Bento Gonçalves - Divulgação

Eles trabalhavam para duas empresas que eram contratadas pelas vinícolas Aurora, Cooperativa Garibaldi e Salton, importantes produtoras da região. As três dizem que não tinham conhecimento da situação. Os homens já retornaram para casa.

Em nota oficial, o Centro da Indústria e Comércio de Bento Gonçalves critica o "sistema assistencialista".

A afirmação gerou revolta.

"Nojo profundo", escreveu a atriz Nicole Puzzi.

A deputada estadual Marina do MST (PT-RJ) lançou a seguinte campanha nas redes:

Endossada por figuras como o ex-ministro do Meio Ambiente Carlos Minc.

E já conta com adesões.

Outra campanha que viralizou é a de vinhos e uva "sabor de escravidão".

"Não vamos beber sangue", escreveu Frei Betto.

Apreciadores de vinho afirmam que vão mudar o hábito de consumo.

As empresas estão sendo chamadas de "escravinícolas".

O assunto é um dos mais comentados nas redes sociais desde que veio a público.

Os sites institucionais exaltam "legado centenário".

É preciso tomar cuidado com discursos ESGs.

E com fachadas em geral.

O buraco é mais embaixo.

Fotos do ex-presidente Jair Bolsonaro com os envolvidos circulam nas redes.

Uma frase de 2020 de uma das sócias da Salton está sendo relembrada nas redes.

A história da imigração italiana no Sul.

Charge ironiza as empresas envolvidas.

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