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Máquinas do tempo - Eduardo Sodré
Eduardo Sodré

Volkswagen Kombi renasce elétrica e deve chegar ao Brasil

Batizada como ID. Buzz para o mercado europeu, van terá versões para passageiros e carga

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A Volkswagen cumpriu a promessa feita em 2017: a Kombi está de volta ao mercado, agora em versão elétrica. Embora tenha dado origem a diferentes vans da marca na Europa, o modelo que ressurge agora sob o nome ID. Buzz é inspirado na primeira geração, que no Brasil foi apelidada de corujinha.

Volkswagen apresenta ID. Buzz, a nova Kombi
Volkswagen ID. Buzz repete o padrão bitom da Kombi "corujinha" - Divulgação

As linhas permanecem as mesmas do conceito que foi exibido há cinco anos no Salão do Automóvel de Detroit. Cores e formas da carroceria e das janelas até lembram o modelo feito oficialmente no Brasil a partir de 1957, mas, por dentro, trata-se de um carro bem mais luxuoso.

O ID. Buzz obedece a comandos de voz do motorista, e suas respostas são acompanhadas por LEDs que se acendem no topo do painel. Parte da forração interna é feita a partir de garrafas PET recicladas.

Em vez de faróis redondos, há um conjunto triangular com LEDs. A mesma tecnologia está presente nas lanternas traseiras e nas luzes da cabine.

Há espaço para cinco pessoas e muitas bagagens: o porta-malas tem 1.121 litros de capacidade. A nova Kombi tem 4,72 metros de comprimento, tamanho equivalente ao de SUV de grande porte.

O motor elétrico tem potência equivalente a 204 cv. A Volks não divulgou qual é a autonomia do ID. Buzz, mas certamente será bem maior do que o do primeiro conceito elétrico feito pela marca, há 50 anos.

Na época, uma Kombi T2 –igual às produzidas no Brasil a partir da década de 1970– foi transformada em um veículo movido a eletricidade. Não rodava mais do que 85 quilômetros com uma carga completa.

A plataforma do novo modelo é a mesma usada no ID. 3 e no ID. 4, veículos elétricos da VW que serão vendidos no Brasil. Com isso, o caminho natural é o lançamento da nova Kombi no país, posicionada em uma faixa de preço acima de R$ 200 mil.

Contudo ainda não há uma data prevista para o início da comercialização por aqui. Na Europa, as entregas terão início em setembro, mas haverá pré-venda a partir de maio.

Haverá ainda a versão Cargo, voltada para o setor de entregas urbanas e com capacidade para transportar 600 quilos.

O formato monovolume permanece fiel ao desenho feito por Ben Pon em 1947. Ele, que era um concessionário holandês da Volkswagen, aproveitou um encontro com oficiais que controlavam a fábrica alemã após o fim da Segunda Guerra para mostrar os rabiscos.

A Kombi foi o veículo que ficou mais tempo em produção no Brasil. A montagem durou até 2013, quando normas de segurança e emissões mais exigentes determinaram o encerramento da fabricação.

O lançamento na Alemanha ocorreu em 1950. Três anos depois, as primeiras unidades chegaram ao Brasil, trazidas desmontadas pelo grupo importador Brasmotor.

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