Maternar

No blog, as mães Havolene Valinhos e Tatiana Cavalcanti abordam as descobertas do início da maternidade

Maternar - Havolene Valinhos e Tatiana Cavalcanti
Havolene Valinhos e Tatiana Cavalcanti
Descrição de chapéu maternidade

Combate ao racismo deve começar pela educação antirracista

Oficina de criação antirracista vai debater cultura, discriminação e pluralidade

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São Paulo

A luta contra o racismo não pode ser uma bandeira pontual, lembrada apenas no mês de novembro. Hoje, 66% das vítimas de trabalho infantil no país são pretas, de acordo com o Mapa do Trabalho Infantil, e segundo a Unicef, uma criança preta tem 25% mais chances de morrer antes de completar um ano. Fora isso, o risco de morte por desnutrição é 90% maior entre crianças pretas e pardas do que entre as brancas.

Ainda segundo o estudo Impacto do Racismo na Infância, da Unicef, uma criança negra tem 70% mais risco de ser pobre do que uma criança branca.

Essas porcentagens estão diretamente ligadas ao racismo estrutural e combatê-lo deveria começar cedo, de acordo com a educadora Sarah Carolina, do @maternagempreta.

Banner com o desenho de uma mulher preta segurando um bebê preto no colo. Sobre eles um coração pequeno e ao fundo o desenho de folhagens verdes
Oficina antirracista abordará cultura, autoestima e combate ao racismo - Reprodução

"A gente vive uma época onde a maioria das pessoas, inclusive muitas crianças têm acesso a informação e em algum momento elas vão saber de um caso de violência policial ou racismo ocorrido. Então, meu primeiro conselho é: o antirracismo deve vir antes do racismo. A criança precisa se 'descobrir negra' aprendendo sobre a cultura e ancestralidade africana". ​

Segundo Sarah, com a autoestima fortalecida, a criança sentirá menos o impacto de entender que sua origem e cor da pele pode desencadear uma discriminação. "É quase uma medida preventiva", diz.

Em junho, Sarah vai conduzir a Oficina de Criação Antirracista, com três horas de conversas sobre os pilares de uma criação antirracista e apresentará recursos e intervenções pertinentes para uma educação para a pluralidade.

"O melhor é ser sincero com a criança quando uma situação de racismo se apresentar: Assim, ela terá maturidade cognitiva para perceber e comunicar que foi discriminada, ainda que ela não entenda o motivo", explica Sarah.

"Essa conversa também é extremamente importante para crianças brancas, pois quem conhece e respeita a cultura preta terá uma postura muito mais consciente em relação ao racismo", finaliza.

Oficina de Educação Antirracista

Mais informações: https://forms.gle/x42SvHkQmgiShDPaA

Quando: Em junho

Quanto: R$ 50,00

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