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Espanholices, maravilhas do ordinário, brotos de brócolis

Normalitas - Susana Bragatto
Susana Bragatto
Descrição de chapéu União Europeia

Espanha em alerta por ataques com agulhas

Já são 20 casos notificados, seguindo uma onda que começou na França e Reino Unido em junho

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Depois da França e Reino Unido, é a vez de a Espanha entrar em alerta por conta de ataques com agulhas em discotecas.

Foram notificadas duas dezenas de casos em todo o país no último mês, com destaque para o balneário turístico de Lloret de Mar, a 40 minutos de Barcelona, e Pamplona, com alguns incidentes registrados durante as últimas Festas de San Fermín.

As vítimas são sobretudo jovens na faixa de 20 e poucos anos. A maioria são mulheres. Todas se encontravam em ambientes públicos com outras pessoas, o que levou a polícia a descartar, por ora, o abuso sexual como principal objetivo dos atacantes.

Em comum, relatos das vítimas apontam fraqueza súbita, perda de consciência e mal-estar como os principais sintomas. Apenas um jovem em Pamplona declarou ter a carteira roubada após o incidente.

A investigação sobre os casos ainda não divulgou que substância ou substâncias estariam sendo usadas pelos atacantes. Ativos como benzodiazepinas ou o GHB, também conhecido como ecstasy líquido ou "a droga do estupro" ('date rape drug', em inglês), desaparecem rapidamente da circulação sanguínea, o que pode dificultar sua identificação.

"Em dez minutos, desmaiei, fiquei semiconsciente, senti que tinha que dizer sim a tudo. Não tinha força, não podia controlar nada", contou uma jovem de 20 anos ao jornal espanhol El Periódico.

Algumas casas noturnas de Barcelona adotaram esta semana medidas extras de segurança para prevenir e lidar com possíveis incidentes. Isso inclui mais câmeras, cartazes informativos e protocolos mais ágeis em caso de ataques.

Embora nenhum dos eventos notificados até o momento na Espanha envolva abuso sexual, autoridades e entidades locais como o Equipe Ágora se mantêm em alerta.

Na Espanha, segundo dados do Instituto Nacional de Toxicologia, um de cada 3 casos de agressão sexual registrados nos últimos cinco anos foram realizados graças a práticas de submissão química, seja por álcool ou drogas diversas.

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