A jornalista Sabine Righetti, pesquisadora e professora do Labjor-Unicamp (Laboratório de Jornalismo da Universidade Estadual de Campinas) e cofundadora da Agência Bori, venceu o Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica, o principal reconhecimento do país para a área do jornalismo científico.
A premiação é concedida pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) com o objetivo de incentivar profissionais e instituições que buscam divulgar e popularizar a ciência. Para isso, três categorias são alternadas a cada edição: pesquisador e escritor, instituição ou veículo de comunicação e, neste ano, jornalista em ciência e tecnologia.
Doutora em política científica, Righetti trabalhou na Folha até 2015 e ainda colabora com análises sobre saúde, ciência e educação no jornal. Em 2020, ela fundou a Agência Bori, que apoia repórteres na cobertura científica. A Bori lançou o programa Infovacina Trainee em 2022, e a iniciativa foi reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como exemplo de inovação em comunicação.
O prêmio homenageia José Reis (1907-2002), médico e jornalista que participou da criação da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Reis colaborou com a Folha de 1947 a 2002, inclusive no cargo de diretor de Redação entre 1962 e 1967.
Em 1978, ele escreveu sobre uma pesquisa publicada nos Estados Unidos com um alerta para mudanças climáticas provocadas por emissões de dióxido de carbono na atmosfera —esta foi a primeira vez em que a Folha falou sobre aquecimento global.
A cerimônia de premiação acontecerá no dia 23 de julho, na UFPR (Universidade Federal do Paraná), durante a 75ª Reunião Anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência). A jornalista Sabine Righetti também participará do evento com uma palestra sobre o seu trabalho no dia 25, às 9h30.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.