Com casos de Covid-19 em queda nas últimas semanas e mais de 91% da população completamente vacinada contra a doença, Portugal anunciou nesta quinta-feira (17) o alívio de várias restrições relacionadas à pandemia.
A principal mudança é o fim da obrigatoriedade de apresentação do certificado de vacinação –ou de teste negativo para o SARS-CoV-2– para a entrada em restaurantes e eventos culturais.
As autoridades também acabaram com a exigência de apresentação de testes negativos para a Covid-19 para o acesso a grandes eventos esportivos, bares e discotecas.
Empresários do setor comemoraram o alívio nas regras, que entrarão em vigor após sanção do Presidente da República nos próximos dias.
O governo também pôs fim aos limites de lotação de estabelecimentos comerciais e de outros espaços abertos ao público.
Houve ainda mudanças em relação ao confinamento, que passa a ser obrigatório apenas para pessoas infectadas. Os chamados contatos de risco dos casos positivos deixam de ter de permanecer em confinamento preventivo.
A recomendação para que as empresas adotem o home office para os trabalhadores não foi renovada.
Apesar das mudanças, o uso de máscaras continua sendo exigido em boa parte dos espaços fechados, como salas de espetáculos, transportes públicos e centros comerciais.
Em declarações à imprensa após a reunião do Conselho de Ministros que aprovou as alterações, Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência, afirmou que a questão das máscaras ficará para uma próxima fase do alívio de restrições no país, ainda sem data marcada.
A ministra salientou que o atual conjunto de regras permanecerá em vigor até a confirmação de uma "queda significativa" no número de mortes por Covid-19 no país.
"O número de óbitos é ainda muito elevado: dados de ontem verificaram 46 óbitos. É o indicador que ainda se encontra mais distante dos objetivos definidos pelo ECDC [Centro Europeu de Controle de Doenças]", afirmou.
O país, que tem cerca de 10,3 milhões de habitantes, teve uma média diária 63 mortes por milhão de habitantes nos últimos 14 dias. A meta é não ultrapassar os 20 óbitos por milhão de habitantes no mesmo período.
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