O primeiro-ministro de Portugal, António Costa (Partido Socialista), afirmou que cidadãos ucranianos com família ou amigos residentes em território luso também serão bem-vindos ao país.
As declarações foram feitas na manhã desta quinta-feira (24), na residência oficial no Palácio de São Bento, em um pronunciamento transmitido ao vivo para todo o país.
"Queria dar uma palavra de confiança à comunidade ucraniana que reside em Portugal e dizer-lhe que contarão com toda a nossa solidariedade. Dizer-lhes que têm sido muito bem-vindos a Portugal e que os seus familiares, os seus amigos e os seus conhecidos que entendam que devem procurar em Portugal a segurança e o destino para dar continuidade a suas vidas, são também muito bem-vindos", afirmou.
António Costa revelou que as embaixadas lusas na Ucrânia e nos países vizinhos já receberam orientações "para serem agilizadas as emissões de vistos para quem pretenda vir para Portugal".
O primeiro-ministro destacou que o acolhimento de refugiados, como em outras ocasiões, é uma responsabilidade conjunta dos 27 países-membros da União Europeia, sendo este um desafio que "implica a participação de todos".
Após expressar a condenação veemente da ofensiva militar da Rússia sobre o território ucraniano, António Costa falou sobre uma possível participação de militares portugueses em ações de dissuasão.
Membro do Otan (aliança militar ocidental) desde sua fundação em 1949, Portugal integra, neste ano, a chamada força de intervenção rápida da entidade: uma unidade conjunta internacional que fica de prontidão para reagir rapidamente em caso de crise.
"Convinha ficar claro que a Otan não intervirá nem agirá na Ucrânia. A posição que a Otan terá, e em que as forças portuguesas deverão estar empenhadas, são missões de dissuasão, em particular junto aos países da Otan que têm fronteira com a Ucrânia", explicou.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.