Sons da Perifa

Sons da Perifa - Jairo Malta
Jairo Malta
Descrição de chapéu natura

Nave leva Amazônia e tecnomelody paraense para o palco do Rock in Rio

Espaço terá Crocodilo Prime e vai circular pela cidade com intervenções de artistas do norte do país

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Camila Soares
Campinas

"É hora do bando, se juntem ao bando" é o que diz Karla Martins, contadora de histórias, durante a apresentação do palco Nave, que aconteceu no dia 14 de julho, no Museu do Amanhã no Rio de Janeiro. Idealizado pela Natura, a ideia é levar ao Rock in Rio o norte do país por meio de ritmos amazônicos.

A experiência, do evento que vai acontecer nas dois primeiros finais de semana de setembro, vai funcionar através de uma instalação imersiva em 360°, com imagens e intervenções com curadoria de artistas nortistas. O Nave se transforma em um "barco aparelhagem", ao som de tecnomelody, que está sendo construído pelas mãos do artesão João do Som em Marituba, interior do Pará.

imagem em 3D do barco
Palco Nave, idealizado pela Natura, vai levar aparelhagem de tecnomelody e cultura da Amazônia para o Rock in Rio - Divulgação

A artista paraense Roberta Carvalho que assina a direção artística apresentará durante a coletiva a diversidade amazônica que vai ocupar a Nave após dois anos de construção, desde a última edição do festival em 2019.

Carvalho comenta que é necessário perceber a Amazônia para além dos estereótipos, embaixo da floresta existem pessoas e essas pessoas são as protagonistas dessa grande celebração. "Vamos ter a Keila e o time do Crocodilo Prime se apresentando num dos maiores festivais de música do mundo, vai ser um encontro da tradição com mestres e mestras da cultura popular e artistas mais jovens dessa Amazônia contemporânea", afirma a diretora.

Quem acha que esse mergulho sensorial vai ficar apenas na cidade do Rock está enganado, a proposta é levar essa experiência para as ruas do Rio de Janeiro através das instalações audiovisuais feitas por artistas amazônicos. Caso passe pelos cartões postais da cidade maravilhosa durante os dias de festival vai encontrar obras dos artistas paraenses Rafa BQueer, Roberta Carvalho e PV Dias, da Acreana Yaka Huni Kuin, do artista Roraimense Gabriel Bicho e dos Amazonenses Denilson Baniwa , Keila Sankofa e Uyra Sodoma.

Fernanda Paiva, que ocupa o cargo de Head of Global Cultural Branding da Natura, afirma que a "Amazônia em geral traz frescor de criatividade e ideias, e muitas vezes os que estão no sudeste ou em outras regiões do mundo não têm acesso, falta conhecer", afirma Paiva.

"Quando nos abrimos pra conhecer, enxergamos muita potência criativa das misturas, existe uma Amazônia que é extremamente feminina no jeito de falar, no jeito de se expressar. O que a gente está tentando trazer é justamente essa potência, esse poder de sensibilizar pela arte que toca mais no coração e a partir desse encantamento trás uma conexão de compromisso.

Paiva ainda comenta que os artistas convidados representam uma Amazônia mais jovem e contemporânea e que isso traz mais bagagem cultural para o projeto. "Acreditamos que esse movimento visa a ancestralidade. Os saberes, essa constituição tão plural que a própria formação histórica da Amazônia se ressignificando no hoje".

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