Quer viver em uma casa mais verde, mas não tem muita intimidade com a jardinagem? A seguir, Juliano Borin, curador do Jardim Botânico do Instituto Inhotim, indica cinco grupos de plantas que não demandam tantos cuidados.
1. Cactos
Bastante resistentes, são ideais para quem é mais desligado ou não dispõe de muito tempo para se dedicar ao cultivo. Ao ter um cacto, o maior risco que se corre é matá-lo pelo excesso de água. Antes de regar, enfie o dedo na terra e só molhe se ela estiver bem seca. A frequência da irrigação vai variar de acordo com a estação do ano. No verão, será de, em média, uma vez por semana e, no inverno, uma vez a cada quinze dias.
Há também aqueles que têm tanto medo de matar a planta afogada que a deixam por um período muito longo sem rega. Se ela estiver murcha, com um aspecto "chupado", é sinal de que ficou desidratada. Para recuperá-la, não jogue muita água de uma vez. Molhe-a um pouco por dia até que volte ao normal.
De modo geral, os cactos gostam de sol. Se você mora em um apartamento, deixe-o próximo à janela, no local de maior luminosidade possível.
2. Suculentas
Essas plantas acumulam água no seu tecido e, por isso, têm folhas mais "gordinhas". Demandam cuidados muito semelhantes aos dos cactos —que, aliás, também fazem parte desse grupo. São bem sensíveis ao excesso de rega e preferem ambientes com muita iluminação natural.
3. Bromélias
São bastante ornamentais e exigem pouco cuidado. Há bromélias de sol, como a porto-seguro, e de sombra, como a Vriesea . Por terem reservatórios de água entre as folhas, aguentam ficar alguns dias sem irrigação. Na hora de regar, encha sempre esses "copinhos" e também molhe o solo (se a planta estiver em um vaso).
Muita gente pensa que as bromélias podem servir como criadouros do mosquito da dengue, mas isso não é verdade. Esse tanque em que a água fica acumulada não é um ambiente propício para o desenvolvimento das larvas do Aedes aegypti, afirma Juliano Borin.
Depois da floração, a bromélia sempre morre, mas deixa brotos laterais, que são clones da planta mãe.
4. Aráceas
Na natureza, as espécies dessa família vivem em ambiente de mata, com mais sombra, caso dos antúrios e filodendros. Por isso, vão muito bem dentro de casa.
Um exemplo desse grupo é a costela-de-adão (Monstera deliciosa), muito procurada para a decoração de interiores. O ideal é que ela seja colocada perto de uma janela, mas não receba sol forte. Como é uma trepadeira, desenvolve-se bem ao ter um suporte ou uma treliça em que possa subir.
Exige uma frequência um pouco maior de rega em razão das suas grandes folhas, que transpiram mais (e, assim, ajudam a umidificar o ar). Ela deve ser molhada, em média, duas vezes por semana. Mas é importante estar atento ao solo, que não deve ficar completamente seco. Dependendo da estação do ano, pode ser necessário regar mais ou menos. Se a umidade do ar estiver muito baixa, também vale borrifar as folhas com água, para evitar que fiquem ressecadas.
5. Orquídeas
Nem todo mundo acha tão simples cultivar essas plantas, mas Juliano Borin defende a sua permanência na lista. "Há orquídeas nativas, que são mais difíceis, mas a Phalaenopsis, por exemplo, é fácil de cuidar. Ela tem flores que duram até cinco meses. E, às vezes, se você cortar a floração quando a haste secar, pode surgir uma nova", diz.
O mais indicado é que a Phalaenopsis seja colocada em um ambiente de meia-sombra, recebendo luz solar apenas no início da manhã. Deve ser regada, em média, duas vezes por semana, mas o substrato nunca pode ficar encharcado. Outro cuidado é evitar molhar as folhas. É possível perceber que a raiz está umedecida quando ela tem um tom esverdeado. Se ficar cinza e dura, significa que está seca.
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