Amor. Sexo. Envolvimento.
É o Dia dos Namorados.
O capitão Morretes respirou fundo.
–Não tenho tempo para isso.
Operações. Tiroteios. Massacres.
–A bandidagem não descansa.
Era bastante movimentada a vida do policial.
–Hoje mesmo… matei uns quatro.
Mas o ser humano, por vezes, fraqueja.
Morretes baixou um aplicativo no celular.
–A gente põe aqui todas as preferências.
Jovem. Loira. Sem interesse financeiro.
Dalyanne se entusiasmou com rapidez.
–Nossa… um policiaaaal…
Sonhos. Fantasias. Fetiches.
–Ele pelado. Só de boné.
Dalyanne sonhava.
–Tatuagem de caveira. Huummm.
No Motel Costas de Alcatraz, Dalyanne se mostrou moderna e sem inibições.
–Gosto desse teu cabelo rapado, Morretes. Tão masculino…
–Hehe.
–Posso te pedir uma coisa?
–Fala.
–Está com as algemas aí?
O instrumento repressivo também serve para apimentar uma relação.
–Clec, clec.
–Aínnh…
Morretes se aproximou.
–Espera. Quero mordaça também.
O policial tinha prática.
–Mff… mfff…
Veio o pedido mais ousada.
–Mnhonhehes… fnheu mnhamnhor…
Morretes afrouxou a mordaça.
A voz de Dalyanne estava rouca de desejo.
–Me bate. Me arrebenta. Me deixa roxa.
As técnicas investigativas do oficial foram utilizadas sem hesitação.
Os olhos de Dalyanne se fechavam tremulamente.
–Mais. Mais.
Morretes parou um pouco.
–Quer saber?
Tirou a pistola da mochila.
–Toma isso de uma vez.
Dalyanne foi fuzilada.
–Questão de consciência profissional.
Ele explica.
–Quando eu começo o trabalho, vou até o fim.
É como dizem na corporação.
Missão dada é missão cumprida.
No amor e no sexo, há lugar para fantasias.
Mas quando um policial libera alguns instintos, cresce o perigo para quem está por baixo.
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