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13/12/2012 - 05h01

Vida complexa surgiu em terra firme, diz estudo

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REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE "CIÊNCIA+SAÚDE

A imagem abaixo é de um fóssil -a esse respeito não há muitas dúvidas. A questão que tem atormentado os paleontólogos desde os anos 1940: fóssil de quê, afinal de contas?

Verisilimus/Creative Commons
O fóssil da biota de Ediacara _Dickinsonia costata_, de 600 milhões de anos
O fóssil da biota de Ediacara Dickinsonia costata, de 600 milhões de anos

Uma nova e ousada hipótese, publicada na edição desta semana da revista científica "Nature", diz que a criatura ao lado, conhecida como Dickinsonia costata e com idade em torno de 560 milhões de anos, era uma espécie de líquen terrestre, e não um animal marinho, como a maioria das pessoas crê hoje.

A ideia está sendo defendida por Gregory Retallack, da Universidade do Oregon (EUA), e é importante porque se refere a um conjunto crucial de fósseis, a chamada biota de Ediacara.

Essas criaturas são os primeiros exemplos de vida multicelular -composta pela união cooperativa de muitas células num só organismo, como no corpo humano.

A maioria dos pesquisadores argumenta que esse passo-chave na história da vida teria ocorrido nos mares, levando à formação de seres como as atuais águas-vivas, por exemplo, e também outros que não deixaram descendentes vivos hoje.

Retallack, no entanto, ao examinar detalhadamente a química das rochas australianas onde a biota de Ediacara foi encontrada, diz que elas representam antigos solos de terra firme, nos quais esses organismos teriam se estruturado como os líquens modernos (que são a junção colaborativa de algas e fungos).

Outros cientistas, comentando a pesquisa, dizem que a ideia é interessante, mas demanda mais estudos.

 

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