Um estudo brasileiro com camundongos demonstrou a relação entre uma proteína, liberada na prática de exercícios físicos, e o alzheimer.
A pesquisa foi publicada nesta segunda (7) na revista científica Nature Medicine.
Os pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) descobriram que com a prática de exercícios os músculos liberam irisina, proteína que é encontrada em menores níveis em pessoas com alzheimer, doença que atinge mais de 35 milhões de pessoas no mundo e que ainda não tem cura.
Segundo a pesquisa, ao aumentar a presença da irisina em camundongos com a doença havia atenuação dos problemas de memória, o que mostra a possível relação da proteína com a plasticidade de sinapses cerebrais.
Anteriormente, o exercício físico já havia sido relacionado à redução do risco de alzheimer em idades mais avançadas.
Os cientistas afirmam que as descobertas apontam para uma possível nova terapia para prevenção de demência ou na contenção da doença em estágios mais avançados.
Mesmo pessoas que não podem mais praticar exercícios —por condições de saúde que impeçam ou dificultem a atividade— poderiam se beneficiar de uma possível solução farmacológica para aumentar a presença da irisina no organismo.
Ainda são necessários estudos mais aprofundados para compreender melhor a ação da proteína sobre o cérebro e o alzheimer.
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