Nasa e Pentágono desenvolverão foguete com propulsão nuclear para viagem a Marte

Equipamentos podem ser três ou mais vezes eficientes que os de propulsão química convencional

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Washington | AFP

A Nasa fará uma parceria com uma agência de pesquisa do Pentágono para desenvolver um motor de foguete movido a energia nuclear para enviar astronautas a Marte, anunciaram ambas as agências nesta terça-feira (24).

O administrador da Nasa, Bill Nelson, disse que a agência espacial americana colaborará com a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (Darpa) para "desenvolver e testar tecnologia avançada de propulsão térmica nuclear a partir de 2027".

Foto de Marte feita pelo telescópio espacial Hubble, da Nasa, em 2016 - Nasa - 12.mai.16/via Reuters

"Com a ajuda dessa nova tecnologia, os astronautas poderiam viajar de e para o espaço profundo mais rápido do que nunca, uma capacidade importante para a preparação de missões humanas a Marte", afirmou Nelson.

A Darpa é o braço de pesquisa e desenvolvimento do Pentágono e desempenhou um papel importante em muitas das inovações do século 20, como a internet.

Segundo a Nasa, os foguetes térmicos nucleares poder ser três ou mais vezes eficientes que os de propulsão química convencional e reduziriam o tempo de viagem, algo essencial para uma eventual missão a Marte.

Em um motor térmico nuclear, um reator de fissão é usado para gerar temperaturas extremamente altas. O calor do reator é transferido para o propelente líquido, que é então convertido em gás, que se expande através de um bocal e fornece impulso.

"A Darpa e a Nasa têm uma longa história de colaboração frutífera", afirmou a diretora da agência do Pentágono, Stefanie Tompkins, que citou o foguete Saturn 5, que levou os primeiros astronautas à Lua, como exemplo da parceria entre as agências.

"O programa de foguetes térmicos nucleares será essencial para transportar material à Lua de maneira mais eficiente e rápida e, eventualmente, pessoas a Marte", acrescentou Tompkins.

A Nasa realizou os últimos testes de motores de foguetes térmicos nucleares há mais de 50 anos, mas abandonou o programa devido a cortes orçamentários e tensões da Guerra Fria.

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