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08/10/2010 - 08h00

Conheça ganhadores que recusaram o Nobel, os impedidos por Hitler e outras curiosidades

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FÁBIO FREITAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

1. Nobel tinha culpa no cartório
A família e os amigos do sueco Alfred Bernhard Nobel não poderiam ter surpresa maior ao saber do testamento que ele deixou ao morrer, em 1896. O industrial, inventor da dinamite e dono de mais de 90 fábricas de explosivos e munição, deixou a maior parte de sua fortuna para homenagear pesquisadores de destaque em física, fisiologia ou medicina, química e literatura _o que deu origem ao Prêmio Nobel, em 1901.

Segundo a explicação mais aceita, refletiu sobre seus feitos após ler reportagem publicada em 1888 por um jornal francês, que o confundiu com seu irmão, Ludvig, morto naquele ano. O periódico publicou a manchete 'O mercador da morte está morto'. Com problemas no coração e desconfiado de todos em seus últimos meses de vida, Nobel depositou seu testamento num banco de Estocolmo, capital da Suécia.

Em 1968, o banco central da Suécia estabeleceu o Prêmio em Ciências Econômicas, em memória de Alfred Nobel.

2. Vencedores levam dinheiro, diploma e medalha
Além de um diploma e de uma medalha, os laureados com o Nobel também embolsam 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,5 milhão). Até 1968, o prêmio podia ser dividido entre mais de três pessoas, apesar de isso nunca ter acontecido. Naquele ano, o número máximo de premiados passou a três.

3. O mais jovem e o mais velho já premiados
Em 1915, aos 25 anos, o australiano descobridor da chamada 'Lei de Bragg', William Lawrence Bragg, recebeu o Nobel de Física ao lado do pai, William Henry Bragg. Na época, os cientistas já sabiam que raios-X possuem forma de onda e são difratados em cristais. A equação criada por Lawrence explica a relação entre o comprimento de onda dos raios-X, a distância entre os planos dos cristais e o ângulo em que o raio é refletido.

O economista russo naturalizado americano Leonid Hurwicz levou o Nobel de Ciências Econômicas em 2007, aos 90 anos de idade. Ele desenvolveu a 'teoria do desenho dos mecanismos', que permite aos economistas identificar momentos positivos e negativos nos mercados. Hurwicz morreu em 2008, nos Estados Unidos.

4. Sartre e líder comunista recusaram Nobel
O filósofo existencialista Jean-Paul Sartre recusou o Nobel de Literatura em 1964. Ele havia decidido recusar todas as honrarias oficiais, para que elas não contaminassem sua obra.

Em 1973, foi a vez de um dos fundadores do Partido Comunista da antiga Indochina, Le Duc Tho, não aceitar o Nobel da Paz, entregue também ao então secretário de Estado americano, Henry Kissinger. Eles foram escolhidos por negociar um acordo de paz com o Vietnã, que fazia parte da Indochina. Le Duc Tho disse que não estava em posição de aceitar o prêmio, por causa da situação no país, que ainda estava em guerra com os Estados Unidos.

5. Prêmio não foi entregue por 50 vezes
O Nobel deixou de ser entregue principalmente durante os anos da Primeira e da Segunda Guerras Mundiais, de 1914 a 1918 e de 1939 a 1945, respectivamente. A premiação que mais deixou de ocorrer foi a do Nobel da Paz _20 vezes. A de física não ocorreu por seis vezes; a de química, oito vezes; fisiologia ou medicina, nove; e de literatura, sete. A única realizada em todos os anos desde a criação do prêmio foi a de ciências econômicas.

6. Hitler e autoridades soviéticas proibiram quatro de receber Nobel
O ditador alemão Adolf Hitler proibiu Richard Kuhn (química, 1938), Adolf Butenandt (química, 1939) e Gerhard Domagk (medicina) de aceitar o prêmio. Em 1958, o escritor russo Boris Pasternak foi forçado pelas autoridades da União Soviética a recusar o Nobel de Literatura.

 

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