Alvaro Costa e Silva

Jornalista, atuou como repórter e editor. É autor de "Dicionário Amoroso do Rio de Janeiro".

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Alvaro Costa e Silva
Descrição de chapéu

Fofurices

A turma das redes sociais às vezes se cansa de mentiras e difamações

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Kustelinha, o cachorro que roubava livros
Kustelinha, o cachorro que roubava livros - Fátima Ferreira/Arquivo pessoal

Em meio ao ódio, existe a hora da fofura. A mais recente envolve um vira-lata tão magro e faminto que acabou batizado de Kustelinha. Mas isso só depois de ter realizado sua grande façanha: furtar um livro. O instinto do animal parece ter saído da cabeça de um roteirista de Hollywood sem inspiração, pois a obra surrupiada intitula-se “Dias de Abandono”.

Luz, som, câmera, ação: Kustelinha, sorrateiramente, entra na livraria Infinity, no campus da universidade Feevale, em Novo Hamburgo (RS). Como se tivesse ensaiado as marcações de cena com o diretor, vai até uma prateleira, escolhe e abocanha o exemplar, sai da loja sem ser notado. As imagens foram divulgadas na internet e —como se diz mesmo?— tornaram-se virais.

Curtido, comentado e compartilhado milhares de vezes, o filme logo ganhou um título simpático: “O Cachorro que Roubava Livros”. A vida do ator canino deu um giro: passou de vadio a celebridade. Perdeu as pulgas no banho, puseram-lhe uma gravata ridícula, tirou mil fotos, esteve no veterinário e, mais importante para ele, está sendo alimentado. Comer celulose, nunca mais! Atualmente vive num lar temporário e será levado para adoção.

Autora de “Dias de Abandono”, Elena Ferrante ganhou um impulso de leitura gratuito. Não que precise: a italiana é hoje, com justiça, uma das sensações do mercado editorial. Mas, como se esconde sob um pseudônimo, os leitores querem porque querem descobrir-lhe a identidade. Houve quem apostasse que ela mora em Novo Hamburgo.

Passada a breve mas também intensa euforia em torno do totó, a turma das redes sociais voltou ao seu esporte predileto: mentira e difamação. Ou, nas palavras já célebres do ministro Luís Roberto Barroso, proferidas no STF: “A vida, para vossa excelência, é ofender as pessoas”. Até aparecer uma nova fofice.

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