Alvaro Costa e Silva

Jornalista, atuou como repórter e editor. É autor de "Dicionário Amoroso do Rio de Janeiro".

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Restam dois anos de Crivella

Prefeito não fez nada ou fez tudo errado até agora

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O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, em frente ao prédio do Museu Nacional, em setembro do ano passado
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, em frente ao prédio do Museu Nacional, em setembro do ano passado - Pilar Olivares/Reuters

O carioca olha para Marcelo Crivella, enxerga um prefeito que não fez nada ou fez tudo errado até agora e pensa: ainda restam dois anos dele pela frente. Que desânimo. 

Isso se alguma coisa não acontecer no caminho. Crivella já pegou pela proa dois pedidos de impeachment, rejeitados pela Câmara Municipal, e um de cassação, feito pela Procuradoria Regional Eleitoral, por uso indevido da máquina pública e abuso de poder.

Em dezembro, uma mulher deu à luz no chão do Hospital Pedro 2º, sem qualquer assistência. Sozinha, teve de massagear as costas da filha, para que ela chorasse. A cena foi filmada por outros pacientes que aguardavam atendimento e escancara a crise na saúde. Na rede municipal, mais de 340 leitos foram fechados em oito unidades. . 

Nas ruas, buracos e crateras. Apesar deles, a prefeitura prevê em 2019 uma redução de 37% na verba para manutenção de logradouros. Será o terceiro ano em que se contabilizam recursos menores para serviços de pavimentação. Dados do portal Rio Transparente também indicam menos dinheiro para a conservação de escolas. E, num estranho processo de imundície, as cestas de cor laranja que recolhem lixo simplesmente sumiram da cidade.

Mesmo assim, o Rio atraiu um público de 2,8 milhões de pessoas à praia de Copacabana durante o Réveillon. Como presente de recepção, a prefeitura autorizou 20 festas privadas do Leme ao Leblon, fora as não autorizadas. Algumas chegaram a ocupar uma área de 800 metros quadrados, demarcados com tapumes, grades e fitas. Crivella privatizou a orla, agindo como se fosse camelô ou miliciano. 

Para completar, o prefeito não desiste de armar a Guarda Municipal. Tem o apoio do governador Wilson “Abatedor” Witzel. A proposta precisa ser aprovada pela Câmara, mas já dá para ouvir as balas perdidas zunindo. Que desespero.   
 

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