Na última Copa São Paulo de Futebol Júnior, a safra de apelidos foi animadora: GTA, Cabeça, Papa Léguas, Etoo, HD, LP Cheiroso, Carrapeta, Naruto, Incrível, Chocolate, Dogão, Bagaceira. Além de um genial Einstein, registrado tanto em cartório como na pia batismal. Só de Riquelmes, ou de variações em torno do nome do ídolo do Boca Juniors, havia 12. No Cruzeiro, estavam em dose dupla: Riquelmo e Riquelmy. O Trem, do Amapá, apresentou um Aimar Riquelme, homenageando outro craque do futebol argentino, Pablo Aimar.
Provavelmente o torneio não revelou nenhum Falcão, Cerezo ou Djalminha, como em edições passadas. Mas, pelo menos, os nomes estranhos estão de volta. A seleção brasileira sub-23, que disputa uma vaga na Olimpíada de Tóquio, tem um zagueiro chamado Robson Bambu; em compensação, dois Matheus.
Agora é torcer para que, ao profissionalizar-se ou se transferir para um grande clube, o garoto, por influência do empresário ou do assessor de imprensa, não insista em usar o nome próprio —Paulo Sérgio, Pedro Henrique, Diego, Iago e que tais. Tampouco aprenda tão rapidamente o caminho do salão de beleza e do tatuador.
Ao contrário do futebol, na bandidagem o vulgo continua em alta. No rol dos criminosos mais procurados do Brasil, recentemente elaborado pelo Ministério da Justiça, constam uma Maria do Pó, um João Cabeludo, um Serginho Boy, um Caipira, um Baixinho, um Pingo e até um Fuminho. Faltou o ex-capitão PM Adriano Magalhães da Nóbrega, suspeito de comandar no Rio um grupo de assassinos profissionais. Mas parece que Nóbrega, foragido há mais de um ano, não é tão procurado assim.
Pena que na lista de Sergio Moro —cada vez mais candidato a presidente em 2022 e, por isso, sujeito a frituras mil— tenha ficado de fora um miliciano felizmente preso em dezembro dando bobeira em Copacabana: o Malvadeza da Perereca.
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