Alvaro Costa e Silva

Jornalista, atuou como repórter e editor. É autor de "Dicionário Amoroso do Rio de Janeiro".

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Alvaro Costa e Silva

Governo capricha no pacote de maldades

Bolsonaro não tem tempo a perder se quiser cumprir sua missão exterminadora

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Nos últimos dias o governo tem caprichado no pacote de maldades. Das duas, uma: ou baixou em Bolsonaro um espírito natalino antecipado e às avessas ou ele percebeu que está mesmo nos últimos dias e não há tempo a perder se quiser cumprir sua missão exterminadora.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante cerimônia no Palácio do Planalto - Evaristo Sá - 7.out.21/AFP


O presidente havia vetado a distribuição gratuita de absorventes, prejudicando mais de quatro milhões de jovens que não têm itens básicos de higiene nas escolas quando estão menstruadas e 713 mil delas que vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em suas casas —sem contar mulheres que moram nas ruas. Mas, diante da repercussão negativa e da mobilização do Senado para derrubar o veto, resolveu voltar atrás. Mais uma vez. A tática é jogar cascas de banana sempre. Se quebrar a perna de alguém, ótimo.

Para justificar seu sadismo e estupidez, Bolsonaro inventou a desculpa da falta de dinheiro e do crime de responsabilidade —logo ele, que vive gastando à tripa forra e cometendo todo tipo de crime. Tanto que Damares Alves, a ministra da Mulher, havia saído em sua defesa: “Prioridade é vacina ou absorvente?”. No fundo, o veto tinha as digitais da “ideologia” de Steve Bannon soprada pelo filho 03 nos ouvidos do papai. A distribuição de absorventes não passaria de lucrativa orquestração de ONGs e da esquerda global e, portanto, não poderia passar.

Quem entende de ações lucrativas é o ministro da Economia, Paulo Guedes. O homem da grana em paraísos fiscais também agiu na semana passada para deixar sua marca da maldade. Em conluio com o Congresso, conseguiu aprovar um corte de quase 90% na verba destinada à Ciência. E, com o mesmo Congresso, trama a aprovação da reforma administrativa condicionada à liberação de R$ 6 bilhões em emendas.

Houve o decreto que libera o uso de mais agrotóxicos, em especial os que provocam câncer, e novos aumentos de gasolina e gás de cozinha. Os sinos já bimbalham.

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