Ana Cristina Rosa

Jornalista especializada em comunicação pública e vice-presidente de gestão e parcerias da Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública)

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Descrição de chapéu diversidade eleitoral

Ano começa com mais mulheres no Executivo e no Legislativo

Ainda que tímida, a ampliação da participação feminina na política tem que ser comemorada

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Desde o primeiro dia do ano, mais mulheres chegaram ao poder no Executivo e no Legislativo dos Municípios brasileiros. Verdade que se trata de um aumento acanhado. Porém, ainda que tímida, a ampliação da participação feminina na política tem simbolismo e é conquista a ser comemorada.

Embora na maioria dos municípios brasileiros jamais uma prefeita tenha sido eleita, no pleito passado essa realidade mudou em mais de 260 cidades nas quais atualmente mulheres comandam as prefeituras pela primeira vez na história.

Além disso, em todas as capitais do país mulheres foram eleitas para ocupar o cargo de vereador. Em ao menos três delas —Cuiabá, Curitiba e Vitória—, pela primeira vez mulheres negras conquistaram uma cadeira no Legislativo Municipal.

Ainda há uma longa jornada a percorrer até que se alcance condição de paridade ou ao menos de maior proporcionalidade de gênero e de raça na política nacional. Tanto que o percentual de pessoas pretas e pardas eleitas foi muito pequeno considerando-se a composição étnica do país. Mas é preciso saber apreciar e valorizar as vitórias, o que não implica esquecer os desafios a serem enfrentados.

Em entrevista ao programa #Provoca, da TV Cultura, a vereadora Erika Hilton —uma mulher transexual, negra, candidata que obteve o maior número de votos entre todas as vereadoras eleitas no Brasil— resumiu com clareza o momento ao dizer que ela, e as mulheres iguais a ela, são guerreiras e o que querem é o direito de exercer essa força. Não por acaso Erika foi escolhida pela revista Vogue Britânica como uma das sete forças para a mudança no mundo.

Numa sociedade racista e machista, a política continua sendo um espaço predominantemente não negro e masculino. Contudo os negros, em especial as mulheres negras, estão alcançando as instâncias de poder e atuando como agentes de transformação da realidade. A peleia promete ser das brabas. Sim, elas estão chegando. E merecem respeito.

A trans Erika Hilton foi eleita vereadora, pelo PSOL
A trans Erika Hilton foi eleita vereadora, pelo PSOL - Folhapress

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