Ana Cristina Rosa

Jornalista especializada em comunicação pública e vice-presidente de gestão e parcerias da Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública)

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Biden reconhece o problema

O presidente dos EUA teve a coragem de encarar uma realidade que há séculos macula a história do país

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Não é preciso ser formado em psicologia para saber que a solução de qualquer problema passa pelo reconhecimento de que o problema existe. Nesse sentido, o pronunciamento do presidente dos EUA, Joe Biden, ao Congresso foi um bálsamo. Ele não só reconheceu a ferida do “racismo sistêmico” presente na maior democracia do ocidente, mas também admitiu a necessidade de enfrentar a questão.

“Precisamos nos unir para curar a alma desta nação”, disse o democrata. “Depois da condenação do assassino de George Floyd, todos vimos a injustiça na ação contra os negros americanos. Agora é nossa oportunidade de fazer progresso real. (...) Temos uma oportunidade gigante de acabar com o racismo sistêmico que mancha os EUA.”

Ao citar a violência policial contra os negros e defender a reforma do sistema de Justiça, Biden teve a coragem de encarar uma realidade que há séculos macula a história norte-americana e a sapiência de admitir que preconceito e segregação racial causam prejuízos para toda a sociedade. Não se trata de um problema só das pessoas negras.

O presidente dos EUA, Joe Biden, durante seu primeiro discurso no Congresso
O presidente dos EUA, Joe Biden, durante seu primeiro discurso no Congresso - Melina Mara/Xinhua

Na minissérie documental “USA - A Luta Pela Liberdade”, da Netflix, a condição dos negros na sociedade americana é analisada a partir dos pressupostos de justiça, liberdade, igualdade e cidadania contidos na 14ª Emenda da Constituição. Produzida e apresentada pelo ator Will Smith, a série questiona o que significa ser cidadão nos EUA.

“Todos têm os mesmos direitos e a mesma proteção legal (....). É daí que nasce o sonho americano”, diz Smith no documentário, que mescla discursos de personagens históricos, como Frederick Douglass, Lincoln, Andrew Johnson, JFK e Martin Luther King Jr., com depoimentos de estudiosos contemporâneos.

A promessa da 14ª Emenda é de uma sociedade de iguais, meta ambiciosa e constantemente ameaçada por intolerância, violência e racismo. O que transforma as palavras de Biden num sopro de esperança a revigorar ideais e sonhos americanos.

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