Antonio Prata

Escritor e roteirista, autor de "Por quem as panelas batem"

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Antonio Prata

Um massacre

Não sabemos o tamanho da tragédia que nos aguarda

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Louco. Louco. Louco. Louco. Louco. Burro. Burro. Burro. Burro. Burro. Assassino. Assassino. Assassino. Assassino. Assassino. Sociopata. Sociopata. Sociopata. Sociopata. Sociopata.

Sim, me repito. Eu não sei mais o que escrever. Eu tô há dois anos tentando apontar o óbvio ululante, mas parece que o país enlouqueceu. O Brasil, que nunca foi lá muito saudável, resolveu suicidar-se. Elegeu um louco para a presidência. Louco. Louco. Louco. Louco. Louco. Burro. Burro. Burro. Burro. Burro. Assassino. Assassino. Assassino. Assassino. Assassino. Sociopata. Sociopata. Sociopata.
Sociopata. Sociopata.

Vocês acham tolerável o que esse doente vem dizendo e fazendo desde que surgiu na vida pública? Vocês acham tolerável o que esse doente vem dizendo e fazendo desde que surgiu na vida pública? Vocês acham tolerável o que esse doente vem dizendo e fazendo desde que surgiu na vida pública?

Ilustração de Jair Bolsonaro rindo. O número "30000" e "Pátria amada Brasil"estão escritos em cima da imagem
Adams Carvalho/Folhapress

Anos atrás ele disse que o Brasil só daria certo se houvesse uma revolução e 30 mil pessoas fossem mortas. Pois bem, ele acredita que sua eleição foi uma revolução e desde que a pandemia de coronavírus chegou por aqui, todas suas atitudes vão no sentido de cumprir a promessa e matar 30 mil pessoas. Ou muito mais.

Se dependesse dele e não tivéssemos governadores, prefeitos, STF e até a última quinta-feira um ministro da Saúde que tomava as mesmas precauções de todos os países do globo, poderiam ser 300 mil ou 3 milhões de mortos. Mortos. Mortos. Mortos. Mortos. Mortos. Alinhados ao nosso presidente e minimizando a Covid-19 estão somente os ditadores da Nicarágua, Belarus e Turcomenistão. Ditadores. Ditadores. Ditadores. Da Nicarágua, Belarus e Turcomenistão.

Não sabemos o tamanho da tragédia que nos aguarda. O demente demitiu o ministro da Saúde e segue fazendo lives minando o isolamento social, comendo sonho em padaria, limpando o nariz na manga e estendendo a mão pra velhinha. O demente segue minando o isolamento social, comendo sonho em padaria, limpando o nariz na manga e estendendo a mão pra velhinha. O demente segue minando o isolamento social, comendo sonho em padaria, limpando o nariz na manga e estendendo a mão pra velhinha.

Louco. Louco. Louco. Louco. Louco. Burro. Burro. Burro. Burro. Burro. Assassino. Assassino. Assassino. Assassino. Assassino. Sociopata. Sociopata. Sociopata. Sociopata. Sociopata.

Eu não sei mais o que escrever. É como se eu estivesse num incêndio e gritasse “a casa tá pegando fogo!” e ouvisse uma parte enorme da população responder “bem, esse é o seu ponto de vista”. Nas 24 horas que levo para redigir esta crônica, 200 pessoas morrem de Covid-19, no Brasil. Provavelmente bem mais do que isso, uma vez que a gente faz pouquíssimos testes.

Há quem tema que viremos uma Lombardia ou uma Nova York em pouco mais de um mês. Eu acho que estão profundamente equivocados. Existe a chance de que façamos com que as tragédias da Lombardia e de NY sejam esquecidas. Que o Brasil venha mostrar ao mundo toda a sua originalidade, sua pujança, sua exuberância única entre as nações, terra onde “em se plantando, tudo dá”. Temos um presidente que não para de semear vento —e nós já estamos colhendo tempestade.

Vamos assistir quietos a este facínora cometer um massacre? Um massacre. Um massacre. Um massacre. Um massacre. Um massacre. Um massacre. Um massacre. Um massacre. Um massacre. Um massacre. Um massacre. Um massacre.

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