Bruno Boghossian

Jornalista, foi repórter da Sucursal de Brasília. É mestre em ciência política pela Universidade Columbia (EUA).

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Descrição de chapéu Eleições 2018

Influência de Lula projeta nova sombra sobre candidatura de Ciro

Bloco que negocia aliança com PDT teme que petista bloqueie caminhos à esquerda

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A sombra do ex-presidente Lula voltou a bagunçar o tabuleiro eleitoral. As incertezas sobre o peso do petista na disputa deste ano fizeram com que parte das siglas que se aproximavam de uma aliança com Ciro Gomes (PDT) desse um passo atrás nos últimos dias.

O barulho provocado pela confusão que quase resultou na soltura de Lula assustou integrantes do bloco liderado por DEM e PP. Para caciques do grupo, o episódio reforça temores de que, mesmo preso, o petista seja um ponto central da eleição.

Se Lula tiver protagonismo além do cálculo inicial, o candidato do PT apoiado pelo ex-presidente bloquearia os caminhos de Ciro pela esquerda. Ainda que uma aliança com DEM e PP empurre o pedetista para o centro, a embalagem pode ser insuficiente para levá-lo ao segundo turno.

Dirigentes que enxergam Ciro com simpatia voltaram a discutir um investimento mais “conservador”, nas palavras de um deles: uma aliança com Geraldo Alckmin (PSDB).

Embora o tucano apresente dificuldades na pré-campanha e veja suas chances murcharem, uma parte das siglas do grupo acredita que ele seria uma opção menos traumática na dinâmica interna de legendas tradicionalmente alinhadas à direita.

O receio do grupo é que Ciro não supere os petistas e Alckmin fique fraco demais para chegar ao segundo turno, que se daria entre Jair Bolsonaro (PSL) e o candidato do PT.

Por ora, a maioria dos dirigentes ainda prefere apostar em Ciro, mas Alckmin recuperou algum fôlego.

 

O empresariado foi convidado de honra na posse do novo ministro do Trabalho, nesta terça (10). Michel Temer deu o cargo a um nome indicado pela Confederação Nacional da Indústria e saudou, na posse, representantes dos empregadores. Não havia dirigentes de peso das centrais sindicais de trabalhadores.

No discurso, o presidente destacou o papel do governo na harmonia das relações de trabalho, mas novamente escolheu o lado dos patrões.

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