O fogo que consome áreas da floresta amazônica não incendiou só as relações diplomáticas do Brasil com países da Europa. Também acendeu uma centelha na classe artística.
Neste sábado (31), escritores e ilustradores de diferentes países lançam a campanha Amazônia Chama. Idealizada pelo Instituto de Leitura Quindim, o projeto vai reunir ilustrações e obras sobre a região numa plataforma online. Depois, todo o material será disponibilizado gratuitamente para escolas, bibliotecas e interessados em geral.
Participam nomes como Walcyr Carrasco, Natalia Borges Polesso, Mariana Massarani, Ciça Fittipaldi, Socorro Acioli, Ricardo Azevedo, Eliane Potiguara e Daniel Munduruku, além de Roger Mello, único ilustrador brasileiro a vencer o prêmio Hans Christian Andersen.
Entre os autores internacionais estão a argentina Isol, o espanhol Javier Zabala e o sul-africano Piet Grobler. Os sites são amazoniachama.com e amazonshouts.com.
CABO DE... A assembleia que aprovou a recuperação judicial da Saraiva nesta quinta (29) se dividiu em dois polos. De um lado, ficaram shoppings e empresas de tecnologia como o Google e a Apple, majoritariamente contrários ao acordo —que, se não fosse aceito, levaria a rede à falência.
...GUERRA No campo oposto, estavam as editoras, amplamente favoráveis à proposta aprovada. As medidas preveem pagamento de só 5% da dívida de R$ 684 milhões nos próximos 15 anos. Poucas votaram contra, caso da Global e da Macmillan. A Todavia se absteve. As demais presentes disseram sim ao plano.
CARANGUEJO Nos 25 anos do disco “Da Lama ao Caos”, um dos mais importantes do manguebeat, a editora Cobogó publica “Chico Science e Nação Zumbi - Da Lama ao Caos”, de Lorena Calabria. No título, que integra a coleção O Livro do Disco, a jornalista não conta só o que contribuiu para o lançamento do álbum, mas narra o nascimento do movimento pernambucano que teve Science como o principal representante.
DITADURA A Biblioteca Azul lança em setembro “Minha Pátria Era um Caroço de Maçã”. A obra nasceu de uma entrevista com a Nobel de literatura Herta Müller para a jornalista Angelika Klammer. Nela, a escritora romena conta como, 20 anos depois do fim da ditadura em seu país, conseguiu acesso a documentos do serviço secreto que detalham a espionagem e a perseguição que sofreu, mesmo durante o exílio na Alemanha.
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