Aqui vende jogo do bicho? Vocês têm moldura? Sabe onde acho filtro de café? Método para aprender coreano?
Essas perguntas foram feitas de verdade nos últimos anos na livraria Realejo, loja de rua aberta há 18 anos em Santos, no litoral paulista. E, no ano que vem, elas devem aparecer em um livro que o dono do lugar, José Luiz Tahan, pretende lançar para celebrar 30 anos trabalhando como livreiro.
Ainda sem editora, “Um Livreiro nos Trópicos” vai reunir alguns desses causos, crônicas e, nas palavras do autor, resmungos e notas rabugentas. “São casos reais que nos fazem descer do salto alto”, diz. “Quando você relata o absurdo, estimula a reflexão.”
Com cem metros quadrados, a Relejo nasceu depois que Tahan deixou a antiga livraria santista Iporanga. Hoje conta com espaços para cursos, shows na calçada e café.
Inclusive tem uma placa na qual se lê “café impresso”, que gerou reclamação de um cliente: “Vamos para outro lugar, porque eu prefiro expresso”.
Também editora, a Realejo lança em dezembro “Quem Disser o Contrário É Porque Tem Razão”, título do português Mário de Carvalho, que traz prefácio de Xico Sá.
CONCRETO E CUBISTA Acima, imagem de poema de Luiz Päetow no romance "Ida", da autora americana Gertrude Stein, escrito no fim dos anos 1930 e que sai no Brasil pela editora paulista Ponto Edita.
QUASE LÁ A pesquisa Retratos da Leitura está em fase final: já foram entrevistadas 8.400 pessoas em todo o país —ou seja, 98% dos 8.500 participantes. Feito pelo Instituto Pró-Livro com parceria do Itaú Cultural e execução do Ibope, o levantamento tem cem perguntas sobre hábitos de leitura e fará um panorama sobre quantidade de livros lidos por pessoa no país, autores favoritos e influência de booktubers, por exemplo. Os resultados serão divulgados no primeiro semestre de 2020.
LÁ FORA “Sobre o Autoritarismo Brasileiro”, de Lilia M. Schwarcz e lançado pela Companhia das Letras, vai ganhar uma edição em inglês pela Princeton University Press.
PRA JÁ Em janeiro, a editora Valentina publica dois livros. “Filhos da Noite”, romance do ator Antonio Calloni, tem prefácio do imortal da Academia Brasileira de Letras Geraldo Carneiro. Já do lado da não ficção, sai “Bitcoin, Blockchain e Muito Dinheiro”, de Christian Aranha, da Rede Entropia.
JÁ E DEPOIS A Patuá está com período de recepção de originais aberto, sobretudo para lançamentos já nos três primeiros meses de 2020. Contos, crônicas, poesias e romances podem ser enviados para editorapatua@gmail.com. Segundo a editora, autores costumam evitar publicações nesse período do ano e, por isso, será priorizada essa época.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.