Bruno Molinero

Coluna editada por Bruno Molinero, repórter de livros e mercado editorial da Ilustrada.

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Literatura produzida na periferia pode ganhar dia próprio em São Paulo

Projeto de lei pretende criar data específica no calendário municipal, com eventos temáticos

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​A literatura feita em bairros mais afastados pode em breve ter um dia para chamar de seu em São Paulo: 13 de outubro. A proposta é do vereador Celso Giannazi (PSOL), que apresentou um projeto de lei que transforma a data no Dia da Literatura Periférica.

Sem qualquer orçamento previsto ou verba própria, o projeto prevê que escolas municipais promovam saraus, apresentações de slam e atividades sobre o tema nesse dia.

“Mesmo sem investimento público, a literatura da periferia é cada vez mais forte”, afirma Giannazi. “O governo não cria espaços de cultura nesses locais. O próprio sarau da Cooperifa precisou transformar um bar em centro cultural.”

O sarau, inclusive, está por trás da escolha da data. Em 13 de outubro do ano passado, morreu Marco Pezão, que era cofundador da Cooperifa ao lado do escritor Sergio Vaz. 

O projeto de lei está agora sendo analisado por comissões da Câmara dos Vereadores e não tem data para ir a plenário ou à sanção do prefeito, Bruno Covas (PSDB). 

Mas, se aprovado, o Dia da Literatura Periférica irá se juntar a outras datas culturais do calendário paulistano, como o Dia do Fã de Séries de TV e Cinema (17/3) e o Dia do Músico Evangélico (11/11). E a outros dias mais curiosos, como o do Passarinheiro (7/1), o do Instrumentador Cirúrgico (6/5) e o da Refrigeração (20/6), além de dividir o 13 de outubro com o Dia do Torcedor Corintiano.

MÔNICA E EMÍLIA​ Depois que a obra de Monteiro Lobato entrou em domínio público, no ano passado, diferentes editoras reeditaram seus livros —mas poucas encararam “Caçadas de Pedrinho”, visto hoje como racista e politicamente incorreto. Com adaptações na história, a Girassol lança o livro em março. As ilustrações são de Mauricio de Sousa, a orelha é do colunista da Folha Luiz Felipe Pondé e a tiragem inicial é de 10 mil exemplares.

JUDEUS Um dos nomes badalados da nova literatura francesa, Santiago Amigorena tem o seu romance “O Gueto Interior” publicado em junho pela Todavia. O livro, que aparecia na lista de favoritos aos prêmios franceses de 2019, conta a história de um judeu que para de falar quando descobre que sua mãe foi presa pelos nazistas no Gueto de Varsóvia, durante a Segunda Guerra.

SOVIÉTICOS “Estrela Vermelha”, ficção científica de 1908 escrita por Alexander Bogdanov, será traduzida do russo e lançada pela Boitempo. Única ficção do autor, o título fala de uma sociedade comunista em Marte e traz luta de classe entre planetas.

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