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cida santos

 

20/04/2011 - 20h31

Osasco vence fácil um Vôlei Futuro limitado

DE SÃO PAULO

O Vôlei Futuro bem que tentou apostar na superação e na raça para vencer, mas essa fórmula só deu certo em parte do primeiro set da semifinal contra o Osasco pela Superliga de Vôlei. A derrota foi por 3 sets a 0 (25/23, 25/18 e 25/18). Um placar que só não foi surpreendente por causa do acidente de ônibus que o time sofreu. O Vôlei Futuro jogou sem a líbero titular, a americana Stacy Sykora, que ainda está no hospital; a oposta Joycinha, com dores no pescoço e olho roxo, ficou no banco; e a central Fabiana atuou com uma proteção no braço esquerdo, por causa dos dez pontos que levou.

Uma pena. A expectativa, antes do acidente, era de um grande jogo, a semifinal que seria a mais disputada. Com os problemas físicos das jogadoras, o técnico William teve que fazer algumas alterações no time titular. Tandara, que estava atuando como ponteira, foi deslocada para a saída de rede, no lugar da oposta Joycinha. Já a ponteira Elis ocupou a posição de Tandara. No primeiro set, o Vôlei Futuro concentrou o saque em cima da líbero Camila Brait e quebrou a recepção adversária. Resultado: o bloqueio passou a funcionar. Tandara e Paula Pequeno estavam virando todas as bolas. Em um dos pedidos de tempo, William, empolgado, chegou até a falar: "Aí, Tandara, ninguém te pega hoje".

O Vôlei Futuro chegou a abrir uma vantagem de 20 a 16. Foi ai então que começou a reação do Osasco. O técnico Luizomar de Moura deu uma bronca geral no time e a partir daí a história mudou. A recepção, com Jaqueline no comando, melhorou, a levantadora Carol Albuquerque passou a distribuir bem as bolas e a oposta Natália deu o ar da graça. Ah! O saque também começou a funcionar. A vitória do Osasco foi por 25 a 23.

A derrota, de virada, abateu a equipe do Vôlei Futuro. Nos dois sets seguintes, o Osasco comandou o placar o tempo inteiro e a vitória veio até com tranquilidade. É legal lembrar que se o Vôlei Futuro tinha problemas por causa do acidente de ônibus que o time sofreu, o Osasco também teve que lidar com a pressão da obrigação da vitória. Além de ter um timão, tinha um adversário com desfalques e abalado psicologicamente.

A levantadora canhota Carol Albuquerque foi um dos destaques do jogo. Deu velocidade ao time e foi eficiente nas bolas de segunda. Com merecimento, foi eleita a melhor jogadora da partida. Outro lance legal nessa partida foi a homenagem que as meninas do Vôlei Futuro fizeram para a Stacy Sykora, que se recupera no hospital de um traumatismo crânio-encefálico. Todas as camisas das jogadoras tinham o nome da líbero americana nas costas.

Os dois times voltam a se enfrentar no sábado. A diferença é que o jogo vai ser em Araçatuba, que é um verdadeiro caldeirão para os adversários. A torcida é apaixonada por vôlei e lota o ginásio. É muito difícil jogar lá. O Osasco vai ter que controlar os nervos, mas tem a vantagem de contar com seis jogadoras da seleção e muita experiência. Esse cenário é o ideal para o Vôlei Futuro se superar. A oposta Joycinha já deve jogar, o que já vai fazer uma grande diferença. Se bem que o Osasco é o favorito, mas se for surpreendido terá a vantagem de disputar em casa o terceiro e decisivo jogo das semifinais, na próxima terça-feira.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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