Dan Ariely

Professor de economia comportamental e psicologia na Universidade Duke (EUA), autor de “Previsivelmente Irracional”.

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Dan Ariely

Ask Ariely: Sobre encorajamento no espelho, trocas sociais, flexibilidade e prazer

Conversas internas podem ser mais eficazes se usando a terceira pessoa

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Querido Dan,
Tenho uma entrevista de emprego chegando que está me deixando super ansiosa e estressada. Para me ajudar, tenho feito pequenas conversas comigo mesma em frente ao espelho para aumentar minha autoconfiança. O que mais posso fazer para lidar com isso?
— Julia

Dizer a nós mesmos "essa posição será minha!" ou "estou pronta para isso!" é uma estratégia muito comum para se preparar para um desafio, e faz sentido intuitivamente. Mas a conversa interna pode ser mais eficaz se você usar a terceira pessoa: "Julia está pronta para isso" em vez de "estou pronta para isso!". Usar a terceira pessoa cria uma separação emocional entre nós e o evento estressante, fazendo com que pareça mais com o apoio entusiástico de um amigo. Pesquisas mostram que essa abordagem pode ajudar a gerenciar o estresse de forma mais eficaz. Então, de mim para você: "Julia, você está pronta para isso."


Querido Dan,
Desde o dia que começamos a
fazer home office na minha empresa, quase não há interação social informal. Existe uma maneira de introduzir conversas virtuais para os funcionários conversarem sem fazer com que pareçam apenas mais uma obrigação?
— Fiona

Agora todos nós sabemos que, quando se trata de socialização, as reuniões online não substituem as interações físicas. E se os funcionários começarem a ver esses novos bate-papos como uma tarefa, as chances desses momentos se transformarem em uma interação social positiva diminuem ainda mais.

Então, em vez de adicionar um novo item às agendas das pessoas, por que você não tenta dedicar os primeiros 5 minutos de sua reunião semanal regular a uma atividade social? Uma vez que as pessoas podem travar se tiverem que inventar algo “social” por conta própria, dê aos participantes instruções específicas: recomende um livro ou programa de TV, compartilhe uma receita ou passatempo de quarentena favorito. Isso não apenas ajudará nas relações, mas também permitirá que os membros da equipe aprendam mais uns sobre os outros.


Querido Dan,
Estou planejando comprar um projetor para que minha família possa assistir a filmes ao ar livre quando ficar mais quente. Achei um modelo que tem tudo o que eu desejo e está com um super desconto, mas não permite devoluções. A perda de flexibilidade vale o desconto?
—Colin

Quando tomamos decisões, a ideia de manter nossas opções abertas é tão atraente que muitas vezes estamos dispostos a pagar mais apenas para ter alguma flexibilidade para mudar de ideia. Mas, uma vez que a compra é feita, a flexibilidade que nos atraiu ao produto pode na verdade prejudicar nosso prazer com ele. No seu caso, se você tiver a opção de devolver o projetor, sempre que usá-lo, ficará tentado a pensar se vale a pena gastar seu dinheiro com ele ou se deve devolvê-lo para reembolso. Essa ruminação contínua pode destruir parte de sua alegria na compra. Com isso em mente, suspeito que comprar o projetor que não possa devolver atenderia melhor às suas necessidades. E quando você o usar, tente pensar sobre a grande decisão que você tomou.

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