Edgard Alves

Jornalista, participou da cobertura de sete Olimpíadas e quatro Pan-Americanos.

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Edgard Alves
Descrição de chapéu África

Brasil surfa no embalo de suas estrelas e vislumbra pódio em Tóquio

Bons resultados em competições internacionais geram expectativas de títulos nos Jogos

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O surfe virou olímpico e um dos esportes com maior potencial para colocar o Brasil no pódio em Tóquio-2020. Esta hipótese não é uma invenção, mas fruto dos resultados que a modalidade vem registrando nos últimos anos. A fase atual é brilhante.

Na etapa de Bali, na Indonésia, encerrada no domingo (3), a quinta do Circuito Mundial desta temporada, o brasileiro Ítalo Ferreira arrebatou o título e reassumiu a liderança do ranking. Antes, ele já havia ganho em Bells Beach, na Austrália.

Outra das etapas anteriores também terminou com vitória brasileira, de Filipe Toledo, segundo do ranking no momento. A representação nacional tem vários concorrentes com destacado desempenho. Não se trata de céu com estrela solitária.

Na atual temporada, além de Ítalo e Filipe, o Brasil conta com mais nove surfistas no circuito mundial masculino. Os Estados Unidos, que englobam craques do Havaí, somam sete, e a Austrália, oito. Os três países formam a vanguarda do surfe mundial na atualidade, cujas disputas masculinas envolvem 36 atletas.Os

campeões mundiais Gabriel Medina (em 2014) e Adriano de Souza, o Mineirinho (em 2015), também são nomes consagrados. Integram ainda o time nacional Michael Rodrigues, Miguel Pupo, Tomas Hermes, Ian Gouveia, Jesse Mendes, Willian Cardoso, Adriano de Souza e Yago Dora

No feminino, o número das concorrentes é limitado a 16. Entre elas, despontam duas brasileiras: Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb. Esta última surfava pela bandeira havaiana, mas optou pela do Brasil, onde nasceu, na busca da onda olímpica.

Na Olimpíada, que vai contar com o surfe pela primeira vez, 20 atletas no masculino e 20 no feminino estarão competindo pelas medalhas no Japão. Ainda é cedo para avaliar os representantes da equipe nacional, pois as vagas olímpicas estarão em jogo apenas a partir do ano que vem. Cada país poderá ter até dois atletas por gênero nos Jogos.

Nascida em Porto Alegre e criada no Havaí, Tatiana Weston-Webb adota bandeira brasileira para competir por vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020 - Folhapress

Na condição de anfitrião, o Japão é o único com vagas asseguradas (duas), uma para cada evento. Terá ainda chance de ampliar seu time, desde que pelas vias regulamentares.

Vagas olímpicas estarão em jogo em 2019, no Championship Tour, ISA World Surfing Games (apenas para África, Ásia, Europa e Oceania) e Jogos Pan-Americanos de Lima (apenas para Américas) e, em 2020, no ISA World Games.

O número de vagas oferecidas varia por evento. O Pan, por exemplo, disponibilizará uma para o masculino e outra para o feminino. O sistema de classificação recebeu a chancela do COI (Comitê Olímpico Internacional), tendo o projeto sido foi elaborado pela World Surf League (liga mundial profissional) e pela Associação Internacional de Surfe (máxima autoridade do esporte a nível mundial e membro do COI).

As disputas acontecerão nas ondas de Tsurigasaki, em Chiba, distante 60 km da capital japonesa. Uma comissão de atletas da modalidade vai atuar no aprimoramento do evento e na defesa do interesse dos participantes.

O surfe representa enorme desafio para o time do Brasil, que hoje seria fortíssimo candidato ao pódio. A caminhada até os Jogos é longa. Com tantos atletas entre os melhores do mundo, a competitividade para a definição da equipe nacional vai se transformar em esmeril para mantê-los afiados. Quem não quer ganhar medalha, ainda mais em modalidade debutante na Olimpíada?


 

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