Edgard Alves

Jornalista, participou da cobertura de sete Olimpíadas e quatro Pan-Americanos.

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Descrição de chapéu Tóquio 2020

Garantido em Tóquio, futebol masculino cria expectativa por convocados

Neymar, estrela do futebol mundial, estará entre os relacionados?

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Superado o susto na luta pela classificação, quando ficou na dependência de uma vitória sobre a Argentina (e ganhou fácil por 3 a 0) na última rodada da seletiva sul-americana na Colômbia, a seleção brasileira masculina sub-23 provoca uma nova expectativa antes da Olimpíada: a da lista dos convocados para Tóquio.

O técnico do time brasileiro, André Jardine, selecionará 18 atletas para os Jogos, segundo as regras, dos quais apenas três poderão ter mais do que 23 anos. Neymar, 28, estrela do futebol mundial, estará entre os relacionados? Atualmente no PSG, da França, ele já manifestou que gostaria de ir ao Japão.

No Rio, em 2016, Neymar foi decisivo na inédita conquista da medalha de ouro pela equipe do Brasil, que contou com dois outros selecionados acima do teto de idade, o meia Renato Augusto e o goleiro Weverton.

Como a Olimpíada não é data-Fifa, a liberação ou não dos jogadores fica a critério dos clubes, que podem dificultar uma convocação de seleção. Por isso, Jardine e os cartolas da CBF, a confederação de futebol do país, devem intensificar negociações com a agremiação de cada jogador.

Há ainda outro obstáculo: a Olimpíada vai de 24 de julho (abertura) a 9 de agosto, mas antes tem a Copa América, de 12 de junho a 12 de julho. Alguns jogadores são cotados para terem seus nomes nas listas dos dois times, o principal e o olímpico. Tite, técnico da seleção adulta, pode se acertar com Jardine, sem problemas. Mais complicado será convencer os clubes a ficarem sem os atletas por tanto tempo.

Nesta etapa da pós-classificação, o padrão olímpico exige uma ampla lista de jogadores das seleções com vagas. Posteriormente, a relação será reduzida para 22 nomes, sendo que quatro deles apenas para apoio nos treinamentos.

A seleção brasileira sub-23 que venceu a Argentina e garantiu a vaga nos Jogos de Tóquio-2020
A seleção brasileira sub-23 que venceu a Argentina e garantiu a vaga nos Jogos de Tóquio-2020 - Juan Barreto/AFP

O futebol brasileiro foi medalhista olímpico em oito oportunidades: seis no torneio masculino (1 de ouro, 3 de prata e 2 de bronze) e duas no feminino (2 de prata). Novamente, o país estará representado nos dois gêneros, pois a seleção feminina garantiu sua vaga ao vencer a Copa América, ano passado. 

Se o futebol comemora, apesar do sufoco do time masculino, o basquete decepcionou em derradeira disputa de vaga na França para ir ao torneio feminino em Tóquio. Perdeu os confrontos com Porto Rico, França e Austrália, quando os quatro disputaram três vagas.

Será a primeira vez desde Barcelona-1992 que as brasileiras, ganhadoras de prata em Atlanta-1996 e bronze em Sydney-2000, estarão fora da Olimpíada. No masculino, a modalidade terá remota chance de vaga em torneio previsto para junho.

Com a classificação do time masculino de futebol, subiram para 170 as vagas confirmadas na delegação do COB (Comitê Olímpico do Brasil) para os Jogos. A entidade estima que o total de atletas pode chegar a cerca de 280 com as disputas classificatórias programadas para os próximos meses.

Em Londres-2012, com uma delegação de 259 atletas, o Brasil ganhou 17 medalhas (3 de ouro, 5 de prata e 9 de bronze) e quatro anos depois, no Rio, na condição de sede do evento, a representação cresceu para 465 competidores e apenas 19 pódios (7 de ouro, 6 de prata e 6 de bronze). O gigantismo da representação não teve efeito explosivo. Medalhas exigem qualidade, não quantidade.

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