Edgard Alves

Jornalista, participou da cobertura de sete Olimpíadas e quatro Pan-Americanos.

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COB leva 200 atletas a Portugal em ação arrojada, mas que causa estranheza

Parceria com comitê olímpico do país europeu coloca em xeque o legado da Rio-2016

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A Olimpíada de Tóquio foi remarcada para julho do ano que vem diante das incertezas sobre a extensão da pandemia do coronavírus. O evento, no entanto, ainda corre o risco de cancelamento.

Apesar de essa hipótese não ter sido descartada em definitivo, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) decidiu inovar nos preparativos da delegação nacional. Vai bancar treinamentos de cerca de 200 atletas brasileiros em Portugal ao custo de R$ 13,7 milhões.

O arrojado projeto envolve ainda técnicos e equipes multidisciplinares de 16 modalidades esportivas, e leva a denominação “Missão Europa do COB”. Começa na próxima sexta-feira (17) com o embarque das equipes de boxe, ginástica, judô, nado artístico e natação.

O acordo entre os comitês olímpicos do Brasil e de Portugal é válido até dezembro. Por isso, atletas e equipes poderão aproveitar nesse período a oportunidade para alongar o estágio em outros centros.

Tudo, é claro, dependerá da possível liberação nos próximos meses das medidas restritivas ao coronavírus em países europeus. O projeto em curso demandou negociações com o comitê olímpico e com o governo de Portugal, que concordaram em liberar o ingresso de brasileiros naquele território.

Todos os integrantes da delegação nacional serão submetidos a testes de Covid-19 até 72 horas antes do embarque, repetirão o procedimento no desembarque em Portugal e ficarão em isolamento por 48 horas. Farão novo teste antes do regresso ao Brasil.

Os anéis olímpicos em exibição em Tóquio, apesar do adiamento dos Jogos para 2021
Os anéis olímpicos em exibição em Tóquio, apesar do adiamento dos Jogos para 2021 - Du Xiaoyi-12.jun.20/Xinhua

Competindo em casa, no Rio, com amplo apoio dos torcedores, a delegação brasileira alcançou a inédita 13ª colocação no quadro geral de medalhas, empatada com a da Holanda. Conquistou 19 medalhas (sete ouro, seis prata e seis bronze). Portugal terminou no 78º lugar, com apenas um bronze.

A alegação de mais segurança em relação aos riscos da pandemia de coronavírus parece razoável, mas causa estranheza que o país que promoveu a Olimpíada mais recente, em 2016, tenha de recorrer a outro centro, na Europa, para preparação dos seus atletas. Como fica a avaliação do legado dos Jogos do Rio?

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