A pandemia de Covid-19 continua mundialmente infectando populações —a esperança de vacinas salvadoras, felizmente, começa a virar realidade— enquanto o COI (Comitê Olímpico Internacional) passa a se preocupar cada vez mais com as dificuldades que impedem a confirmação da Olimpíada de Tóquio.
Apesar disso, a entidade não se descuida dos planos para Paris-2024.
Quer os Jogos da França adequados ao mundo pós-corona e com custos reduzidos, seguindo as orientações da sua Agenda 2020, que combate o gigantismo atingido pelo evento nas últimas décadas.
Para a entrada de um esporte na Olimpíada ou a simples inclusão de uma prova, alguma outra coisa tem de sair do programa. Além disso, de Tóquio com pouco mais de 11 mil competidores, os Jogos serão reduzidos a 10.500 atletas em Paris.
Luta contra o racismo, combate ao doping e proteção e apoio aos refugiados são bandeiras do COI. Outro foco é a modernização da competição, com a introdução de novas modalidades que despertem o interesse da juventude. Skate, escalada, surfe e breakdance (breaking) estão confirmados como esportes adicionais nas disputas francesas.
Aspecto relevante, o da igualdade de gênero, deve ser alcançado em julho próximo nos Jogos de Tóquio, adiados deste ano por causa da pandemia do coronavírus. As estimativas para o Japão indicam que a cota feminina das 206 delegações totalizará 48,8%, reforçando a chance de novo avanço na França.
O COB (Comitê Olímpico do Brasil) está tranquilo na busca da igualdade de gênero. Levou para Atlanta-1996 221 atletas, dos quais 159 homens e 66 mulheres, mas oito anos depois evoluiu para 125/122 (49,3%) em Atenas, caindo um pouco em casa, na Rio-2016, para 256/209. A classificação para Tóquio continua em andamento, com as projeções indicando um equilíbrio.
O atletismo, o boxe e o ciclismo, esportes tradicionais, deverão alcançar plena igualdade de gênero pela primeira vez em Paris, proporção a ser atingida por 28 dos 32 esportes do programa. O COI também aponta para crescimento em eventos mistos, em comparação com Tóquio, de 18 a 22. O atletismo estuda uma proposta nessa direção.
Apesar da atenção dispensada ao aprimoramento das Olimpíadas, a maior preocupação do COI, no momento, é a superação pelo Japão dos riscos da Covid-19. As infecções pela pandemia avançaram no território japonês, aumentando a pressão em relação aos Jogos, reprogramados para julho-agosto de 2021, mas ainda não confirmados. Especialistas em saúde advertiram que o sistema médico local está ficando tenso.
Por isso, nada de bola, cronômetro ou apito. A torcida, no momento, é pela vacina, que vai salvar vidas e impedir mortes.
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