Edgard Alves

Jornalista, participou da cobertura de sete Olimpíadas e quatro Pan-Americanos.

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Descrição de chapéu Tóquio 2020

OMS, Japão e COI finalizam plano de segurança contra coronavírus

Variante Delta é a mais recente preocupação dos organizadores da Olimpíada

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Como praticamente todos os países do mundo, o Japão também continua acuado pela pandemia do novo coronavírus. Embora longe de ser caótica, a situação do país, indiscutivelmente, é muito delicada. Vai reunir dezenas de milhares de pessoas do exterior em seu território, sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, com abertura prevista para 23 de julho.

Promover o megaevento esportivo internacional em plena pandemia é também assumir o mais relevante desafio do planeta na atualidade, com disputas esportivas, muitas emoções, gestos de solidariedade, confraternização e alegria, mas, acima de tudo, cuidados extremos com vidas humanas sob os riscos do coronavírus.

Olimpíada se aproxima, e temores aumentam - Charly Triballeau/AFP

Os Jogos não ficarão restritos às instalações esportivas como estádios, quadras, ginásios, piscinas e pistas de competição. Estarão nos holofotes dos organizadores e dos agentes da saúde, em especial, avenidas, ruas, shoppings, praças de lazer, transportes, hotéis e a Vila Olímpica, principal centro de hospedagem dos atletas.

A Olimpíada, adiada do ano passado para este julho por causa da pandemia, não viu o coronavírus ser bloqueado, controlado. Experimenta apenas a sensação de leve superação da crise da saúde com a descoberta de vacinas, mas a imunização mundial ainda é incipiente.

Com o início do desembarque das delegações no seu território para os Jogos, o Japão continua com a vacinação lenta da sua população, ainda mais levando-se em conta a aproximação da abertura do megaevento.

Informações da mídia local, no entanto, apontam que continuam em debate questões como distanciamento social dentro da Vila Olímpica, onde o consumo de bebidas alcoólicas será permitido, enquanto a distribuição de 150 mil preservativos foi cancelada para não incentivar a aglomeração de atletas.

Já chegaram ao Japão representações de Austrália e Uganda. Faltando ainda outras duas centenas delas, a dimensão do problema da pandemia fez soar o primeiro alerta do perigo que deve envolver os Jogos: dos nove integrantes da delegação de Uganda, dois apresentaram sinais de contaminação pelo coronavírus. A equipe foi colocada em quarentena em Izumisano, cidade no oeste do Japão, onde completará a sua preparação.

O governo japonês, o comitê organizador dos Jogos e o COI (Comitê Olímpico Internacional), responsáveis pela Olimpíada, estão em negociações com a OMS (Organização Mundial da Saúde) para a conclusão do plano de segurança para o megaevento.

O planejamento sofre alterações à medida que novas informações sobre a Covid-19 são reveladas. Uma das preocupações é a variante Delta, detectada pela primeira vez na Índia e classificada como mais transmissível do que a cepa original do coronavírus.

Avaliando os riscos da pandemia, o governo de Tóquio busca medidas protetivas com a intenção de resguardar os participantes dos Jogos dos riscos do coronavírus. Uma dessas providências foi o cancelamento das “fan zones”, instalações nas ruas com telões para assistir aos Jogos. Algumas delas foram convertidas em centros de vacinação contra a Covid-19.

Por causa dos perigos do novo coronavírus, o principal confronto da Olimpíada não terá o colorido dos uniformes das delegações, mas o branco, o azul e o verde, que costumamos ver nos hospitais, da vestimenta das equipes médicas. Desta vez, os verdadeiros heróis olímpicos serão anônimos, os agentes da saúde.

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