Edgard Alves

Jornalista, participou da cobertura de sete Olimpíadas e quatro Pan-Americanos.

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Descrição de chapéu Tóquio 2020

Expectativa para Jogos de Paris-2024 é a lotação dos estádios franceses

Tóquio-2020 passa bastão, e mundo esportivo começa ciclo olímpico mais curto

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Tóquio-2020 passou o bastão para Paris-2024. A esperança dos esportistas é que os Jogos Olímpicos de verão na França cheguem íntegros, sem pandemia de qualquer natureza, sem nenhuma ameaça bélica e com torcedores abarrotando as arquibancadas.

Esse emaranhado de sonhadas condições ideais já tem uma alteração, positiva, a do tempo de espera até os próximos Jogos. Como se estendeu a ponte entre Rio-2016 e Tóquio-2020, com o adiamento inédito das disputas em um ano por causa da pandemia de Covid-19 –e a realização das competições sem torcida–, agora o intervalo será menor.

O ciclo olímpico em curso será de três anos, um a menos do que o convencional, e Paris promoverá os Jogos de 26 de julho a 11 de agosto de 2024. Até lá, as equipes principais do COB (Comitê Olímpico do Brasil) estão com seus objetivos praticamente definidos.

Antes de qualquer coisa, não se pode esquecer que a partir do próximo dia 24 e até 4 de outubro acontecerão os Jogos Paraolímpicos de Tóquio.

Na França, a grande meta do COI (Comitê Olímpico Internacional) é a igualdade de gênero no número de participantes. Falta pouco, pois na capital japonesa a presença feminina chegou a 48,8%.

Ainda assim, esse objetivo não é algo fácil de atingir como a princípio parece. O total de 11.092 concorrentes registrados em Tóquio deve ser reduzido para 10.500 em Paris, alteração que provocará encolhimento em alguns esportes. O levantamento de peso, por exemplo, sofrerá forte redução.

Das modalidades disputadas no Japão, saem beisebol e softbol, que haviam retornado neste ano, e caratê, incluído pela primeira vez. Os demais estreantes ficam: escalada, surfe e skate. Os dois últimos propiciaram a conquista pelo Brasil de um ouro e três pratas, do total de 21 idas ao pódio.

Haverá também novidades na grade de esportes com a política adotada recentemente pelo comitê internacional de atrair o interesse de jovens para o evento. Paris terá novas atrações, como a canoagem slalom extremo, e maior número de provas mistas.

A maior aposta do COI, no entanto, é o breakdance. Trata-se de um estilo de dança com elementos da cultura hip hop, surgido há meio século, criado por afro-americanos e latinos, em periferias de cidades dos Estados Unidos, que ganhou espaço em ruas, praças e metrôs ao redor do mundo.

Homem executa performance de breaking, nova modalidade olímpica - Divulgação

O esporte vai encher os olhos dos torcedores no tempo que falta para os Jogos parisienses de verão. As Olimpíadas de inverno, com seus esportes específicos, serão disputadas de 4 a 20 de fevereiro do ano que vem, em Pequim.

O evento na China está sujeito a dois inconvenientes, embora as expectativas sejam da superação de ambos. Um deles, de ordem política e social, porque entidades de direitos humanos protestam contra o país-sede e estão empenhadas em promover manifestações numa tentativa de esvaziamento dos Jogos, com a desistência de países participantes.

O outro é o risco da falta de neve no período de disputas na China em seus dois conjuntos de montanhas –Zhangjiakou e Yanqing–, mas os organizadores estão providenciando máquinas para produzir neve artificial.

Depois será a vez dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, de 20 de outubro a 5 de novembro de 2023. Costumeiramente, o Pan serve de seletiva para algumas modalidades das Olimpíadas de verão. Torneios internacionais também ocorrem no ano, com ofertas de vagas para Paris. A complementação dos participantes sairá no semestre anterior ao grande evento na França.

Além disso tudo, é bom não esquecer a Copa do Mundo de futebol no Qatar, de 21 de novembro a 18 de dezembro do ano que vem. Os próximos tempos serão de autênticos testes de sofá na frente da TV e de gritos de emoção.

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