Eduardo Sodré

Jornalista especializado no setor automotivo.

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Experimento mostra como pequenas mudanças aumentam a segurança no trânsito

Em cidade americana, mudanças na sinalização de cruzamentos perigosos reduziram acidentes

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A cidade norte-americana de Ann Arbour tem aproximadamente 120 mil habitantes. Um terço dessa população é composta por estudantes da Universidade de Michigan, que se deslocam com frequência. Por sua densidade populacional e trânsito, foi escolhida pela Ford para ser o laboratório de um experimento virtual que busca aprimorar a dinâmica viária.

A montadora mapeou a localidade e descobriu os pontos críticos do tráfego. Por meio da análise de ocorrências, que podem ser freadas bruscas ou acidentes, o algoritmo utilizado definiu os 25 cruzamentos mais perigosos.

A empresa propôs alterações no tempo de abertura e fechamento dos semáforos e melhorias na sinalização viária. As ações foram implementadas em parceria com o poder público de Ann Arbour. 

As mudanças deram resultado. A Ford calcula que US$ 6 milhões (R$ 24,6 milhões) deixaram de ser gastos em um ano com os possíveis transtornos gerados por acidentes nesses 25 cruzamentos. Mais de cem acidentes foram evitados nesse período. 

Para a Ford, fazer esse tipo de estudo ajuda a manter seu negócio vivo —trânsito inteligente eleva o interesse por automóveis—, além de apresentar um serviço que pode se tornar rentável ao ser oferecido a outras cidades e estados mundo afora.

O trabalho também contemplou a oferta de transporte público. Embora a cidade estudada tenha o maior sistema de metrô e ônibus do estado de Michigan, foram detectados diversos pontos sem assistência, afirma, Yifen Chen, gerente de robótica e pesquisa de mobilidade da Ford. 

Ann Arbour tem uma característica peculiar. Nos últimos 20 anos, a população da região central cresceu 400%. É um número vultoso e difícil de ser acompanhado por qualquer política de desenvolvimento urbano, principalmente em um país cujo transporte cotidiano é apoiado no uso massivo de veículos particulares.

A expansão abrupta de Ann Arbour também é vista em cidades do Brasil. Contudo, os problemas do tráfego no país passam por questões estruturais que não fazem parte da realidade norte-americana.

Ao se debruçar sobre os dados de Ann Arbour para propor mudanças no trânsito, os pesquisadores da Ford não precisaram se preocupar com asfalto deteriorado, semáforos que param de funcionar em dias de chuva e veículos em péssimo estado de conservação.

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