Eduardo Sodré

Jornalista especializado no setor automotivo.

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Sem F-1 e Salão do Automóvel, São Paulo deixa de movimentar R$ 700 milhões no semestre

Eventos eram realizados no mesmo período a cada dois anos

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Em novembro de 2018, O Salão do Automóvel de São Paulo e o Grande Prêmio do Brasil de F-1 dividiram as atenções na cidade de São Paulo. O casamento desses eventos já havia se tornado uma tradição rentável: um elevava a presença de público no outro.

Aquele momento já é histórico, e talvez não volte a se repetir tão cedo.

Meses após a desistência de diversas montadoras ter levado ao cancelamento da edição 2020 do salão automotivo, a pandemia do novo coronavírus e as questões políticas que surgem por consequência determinaram a não realização do GP.

Sem esses eventos, São Paulo deixa de movimentar aproximadamente R$ 700 milhões no segundo semestre. O cálculo é baseado na soma dos valores gerados no Salão do Automóvel de 2018 (R$ 320 milhões) e no impacto econômico proporcionado pela corrida de F-1 em 2020 (R$ 361 milhões).

Haveria também a geração de empregos temporários, diretos e indiretos. Só a exibição de carros empregava 30 mil trabalhadores, de acordo com a empresa organizadora Reed Exhibitions Alcantara Machado.

O setor de eventos voltados à indústria automotiva vive uma crise sobre a outra no Brasil. Enquanto se pensava em uma nova fórmula para a mostra de automóveis, a pandemia derrubou novamente o castelo de cartas.

Ainda não há exemplos externos que sirvam de inspiração para uma retomada rentável das mostras, sejam presenciais ou não.

Salões outrora relevantes sequer tiveram edições online. A feira de Genebra até tentou se converter em exibição digital, mas apenas para não desperdiçar todo o investimento feito. Outros eventos foram cancelados e correm o risco de não acontecerem nem em 2021.

A Fiat se reinventa na busca pela primeira colocação em vendas, posição hoje ocupada pela Chevrolet. A montadora de origem italiana tem uma nova logomarca e trabalha na repaginação de sua rede de concessionárias, que ganham espaços de convivência com cafeteria.

A nova identidade da marca ressalta as cores da bandeira italiana e destaca o nome da empresa nos carros, como já ocorre na recém-lançada picape Strada 2021. Um dos objetivos é aumentar a percepção de valor de seus produtos. A montadora prepara também o lançamento de dois novos SUVs.

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