Eduardo Sodré

Jornalista especializado no setor automotivo.

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Carro salvou vida de Tiger Woods, mas modelo não está acima da concorrência

Se estivesse em um dos compactos à venda no Brasil, provavelmente o atleta não teria sobrevivido

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O grave acidente sofrido pelo jogador de golfe Tiger Woods no último dia 23 chamou atenção para o nível de segurança dos carros de luxo atuais. Se estivesse em um modelo de alto padrão dos anos 1990 ou em um dos muitos compactos à venda no Brasil, provavelmente o atleta não teria sobrevivido.

Embaixador da marca Genesis, divisão de luxo da Hyundai, Woods estava ao volante do modelo GV80, um utilitário esportivo que custa o equivalente a R$ 280 mil nos EUA.

O carro ganhou fama de ser superseguro após o acidente, mas não oferece nada além do esperado para um modelo atual nessa faixa de preço.

O automóvel que rolou ribanceira abaixo mostra que as tantas exigências legais na área de segurança viária —e os testes de colisão que conferem mais ou menos estrelas após veículos que se espatifarem contra barreiras— têm efeito prático que vai muito além do marketing de entidades e de fabricantes.

Os itens de segurança presentes no modelo de origem sul-coreana dirigido pelo jogador de golfe também são encontrados em SUVs dessa categoria, com uma ou outra variação. Audi, BMW, Jaguar, Mercedes e Volvo, que produzem os principais concorrentes da Genesis, também oferecem altos níveis de proteção e obtêm nota máxima em avaliações pelo mundo.

Apesar da lista extensa de aparatos eletrônicos em prol da segurança presentes no GV80 e em seus pares, o que faz realmente a diferença em uma colisão como essa é a estrutura da carroceria.

As fotos do carro de Tiger Woods revelam uma parte frontal destruída, mas a coluna dianteira e as portas estão preservadas. O habitáculo do modelo sul-coreano está quase intacto, pois foi projetado para funcionar como uma célula de sobrevivência.

São utilizados aços com altíssima resistência em pontos-chave da cabine, enquanto outras partes são projetadas para absorver o impacto. É por isso que a frente do SUV ficou tão deformada.

O cofre do motor é projetado para que a parte mecânica não invada a cabine em uma batida, e os pedais devem se desarmar para evitar ferimentos nos pés. Mas a violência do acidente foi tão grande que não foi possível ao atleta escapar sem lesões sérias.

Embora itens como o airbag central, que evita o encontrão de motorista e carona em uma colisão lateral, impressionem, muitos dos equipamentos de segurança do GV80 são encontrados em modelos modernos mais em conta.

Essa lista inclui controles de tração e de estabilidade, sistemas de frenagem autônoma, detectores de ciclistas e de pedestres, leitores de faixa que ajudam a manter o veículo em sua pista e muitos airbags.

O que, de fato, fez a diferença no acidente em questão foi a estrutura do carro, com reforços inexistentes nos anos 1990 e ainda distantes da maioria dos carros populares.

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