Eduardo Sodré

Jornalista especializado no setor automotivo.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Eduardo Sodré

Emplacamento de veículos segue em queda pelo terceiro mês seguido

Agosto registra dificuldades de produção e recorde de participação de SUVs e picapes

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Os problemas de produção resultaram em mais um mês ruim para o setor automotivo. Sem carros para atender à demanda, os emplacamentos em agosto caíram 5,8% na comparação com o mesmo período de 2020.

Foram registrados 172,8 mil licenciamentos de carros de passeio, veículos comerciais leves, ônibus e caminhões. Em relação a julho, houve queda de 1,5%.

A média diária ficou em 7.855 unidades comercializadas, número que segue em queda desde junho.

A Fiat, que pertence ao grupo Stellantis, manteve a liderança. A empresa vem conseguindo manter melhor ritmo de produção dos seus modelos desenvolvidos no Brasil, apesar da escassez de semicondutores. Esse item eletrônico, presente em todos os veículos modernos, tem levado a paralisações nas linhas de produção.

A picape Strada foi o modelo mais comercializado no mês passado, com 9.111 unidades licenciadas. O hatch Argo aparece em segundo (7.711), seguido pelo compacto popular Mobi (7.528).

Outro modelo do grupo Stellantis surge na quarta colocação: o Jeep Compass, com 6.819 emplacamentos. O quinto colocado é o Hyundai HB20 (6.795).

O segmento que reúne picapes e utilitários esportivos segue dominante. De acordo com a Fenabrave (entidade que representa os distribuidores de veículos), esses modelos responderam por 49,2% das vendas em agosto, um novo recorde de participação.

“Parte dos veículos registrados em agosto são de vendas realizadas em julho. Esse prazo de entrega se tornou mais longo por conta das dificuldades da indústria”, diz, em nota, Alarico Assumpção Jr., presidente da Fenabrave. “O ritmo dos emplacamentos está sendo ditado pela capacidade de entrega das montadoras.”

Com as dificuldades em manter a produção regular devido à falta de peças, os estoques estão baixos e há fila de espera por diversos modelos. O problema atinge também o setor de motocicletas.

Nesta sexta (3), a Yamaha anunciou que irá paralisar parte de suas atividades fabris entre os dias 9 e 24 de setembro. Os motivos são dificuldades logísticas e falta de regularidade no fornecimento de insumos importados da Ásia. Os funcionários entrarão em férias coletivas nas linhas afetadas.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.