Das cores aos pacotes de equipamentos, tudo o que vem no Audi Q3 Sporback feito na Hungria estará também na versão nacional.
Em breve, a montadora alemã produzirá o carro em São José dos Pinhais (PR), ainda como linha 2022. A maior parte das peças virá da Europa, a exemplo do motor 2.0 TFSI (231 cv) a gasolina. O câmbio automático tem oito marchas e a tração integral usa o sistema quattro, patenteado pela fabricante.
A linha Sportback é a resposta da Audi para a onda de SUVs com estilo cupê --em que a traseira apresenta uma leve queda, deixando o carro mais alongado. É o caso clássico da forma superando a função, sem ganhos práticos em comparação aos utilitários esportivos tradicionais.
Mas se trata de uma demanda de mercado: a montadora estima que esse tipo de carroceria será responsável por 43% das vendas de seus "jipes urbanos" já no segundo semestre.
Os preços do Q3 Sportaback partem de R$ 316 mil. A lista de equipamentos de série inclui sistema multimídia com tela de 10,25 polegadas, porta-malas com abertura elétrica (530 litros de capacidade), rodas aro 18 e ar-condicionado com duas zonas independentes de temperatura. Já a versão equivalente do Q3 de carroceria convencional, que também será produzido no Brasil, custa R$ 291 mil.
A chegada de novos modelos nacionalizados marca a retomada dos investimentos da empresa no país. A linha de produção paranaense ficou parada ao longo de 2021, e seu retorno foi condicionado à restituição de créditos tributários gerados durante o programa Inovar-Auto (2012-2017).
O dinheiro ainda não voltou integralmente, mas a empresa viu a necessidade de retomar as operações em meio à escassez de peças. Espera-se que o segundo semestre chegue com alguma melhora no cenário global, mas a normalidade do fornecimento de semicondutores não virá antes de 2023.
A montadora investe também na instalação de pontos de recarga rápida em 42 concessionárias espalhadas pelo Brasil. O aporte de R$ 20 milhões serve para estimular a venda de modelos elétricos da linha e-Tron.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.