Eduardo Sodré

Jornalista especializado no setor automotivo.

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Em busca de rentabilidade, montadoras criam novo segmento de esportivos

Utilitários de pequeno porte recebem motores mais fortes e atraem pelo desempenho

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Em abril de 2015, a Peugeot lançou o 2008 Griffe THP. Era um ser estranho naquele momento: estilo SUV –mas nem tanto–, câmbio manual e motor 1.6 turbo flex de 173 cv.

Apesar de qualidades como bom acabamento e desempenho esportivo, foi um carro que não conquistou números expressivos de venda. Na pista, contudo, os resultados foram vultosos. A motorização desenvolvida em parceria com a BMW colocou o modelo no topo do ranking Folha-Mauá.

Sete anos se passaram, e hoje o Peugeot 2008 pode ser considerado o pioneiro do segmento que está prestes a receber o Pulse Abarth.

Fiat apresenta o novo Pulse Abarth
Fiat apresenta o novo Pulse Abarth - Divulgação

Esse novo nicho de mercado vai reunir modelos que se parecem mais com hatches esportivos de porte compacto, mas que trazem suspensão alta e outras soluções de estilo que remetem ao uso fora de estrada. Exatamente como o carro de origem francesa.

O segredo está em oferecer uma opção diferente utilizando peças que já estão nas prateleiras das montadoras. No caso do Pulse Abarth, o motor 1.3 turbo flex (185 cv) e o câmbio automático de seis marchas são os mesmos usados no Jeep Renegade. A calibragem, entretanto, será exclusiva para o Fiat.

O foco é claro: rentabilidade. Após o ocaso dos populares e a disparada de preços que fez os SUVs compactos ultrapassarem os R$ 150 mil em algumas versões, é necessário criar subsegmentos capazes de atrair novos clientes.

Em alta, modelos como o Pulse e o Volkswagen Nivus se encaixam nesse novo perfil. Se não tem o porte ou o espaço de Honda HR-V (a partir de R$ 142,5 mil) e Hyundai Creta (122,5 mil), esses veículos custam menos e têm margem para receber opções mais equipadas e de apelo esportivo.

O próprio 2008 nacional passou por atualização. A Peugeot lançou uma nova versão turbinada chamada Style, que chega junto com mudanças visuais que incluem teto pintado de preto e rodas igualmente escurecidas. Custa R$ 20 mil a mais que a versão mais simples Allure, equipada com o 1.6 flex aspirado (120 cv).

O câmbio manual ficou no passado: em seu lugar está o automático de seis marchas fornecido pela japonesa Aisin (grupo Toyota).

É o mesmo conjunto mecânico que fez o carro de origem francesa conquistar o bicampeonato nas provas de desempenho no Ranking Folha-Mauá 2021.

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