Os ministros Paulo Guedes e Rogério Marinho têm direito às suas próprias opiniões, mas não são donos dos fatos.
Como ministro da Economia, Guedes propôs a taxação do seguro-desemprego. Pegou mal e ele atribuiu a ideia a Marinho, que à época estava na sua equipe. Ele tornou-se um defensor delirante da ideia e não desmentiu a afirmação. Contudo, confidenciava que a girafa veio do circo de Guedes.
Passaram-se os meses e a ekipekonômika meteu-se em outra trombada, querendo avançar sobre os precatórios. Novamente, Guedes revelou que a ideia partiu de Marinho, atual ministro do Desenvolvimento Regional.
Há dois anos, Guedes tornou-se um çupeministro incorporando atribuições e repartições. Concentrar poder já é difícil. Repassar responsabilidade é impossível.
O mundo da $aúde
Desde que começou a pandemia, governadores e secretários de saúde foram apanhados com a mão na bolsa da Viúva.
A operação Monte Cristo, do Ministério Público de São Paulo, bateu em empresas e associações de distribuidoras de medicamentos. Numa casa acharam R$ 9 milhões em moeda corrente. Noutra, R$ 200 mil em sacos de lixo.
É só juntar lé com cré: não haveria político corrupto no setor de saúde sem empresário pagando.
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