Elio Gaspari

Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".

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PT ligou seu sistema de alerta

Partido acende alerta diante de conjunção de clima de já ganhou com inexplicável salto alto

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O PT ligou seu sistema de alerta diante da conjunção de um incompreensível clima de já ganhou com um inexplicável salto alto.

Homem branco, de cabelos grisalhos e com barba. Veste terno, fala ao microfone e gesticula com a mão
O ex-presidente Lula (PT) - Carla Carniel - 29.jan.2022/Reuters

Maggi virou o jogo

Em 2005 Blairo Maggi governava Mato Grosso, era um dos maiores produtores de soja do mundo e ganhou da ONG 
Greenpeace o prêmio Motosserra de Ouro.

Passaram-se os anos e a Forest 500, instituição que mapeia o compromisso empresarial com a defesa do meio ambiente pelo mundo afora, colocou a Amaggi, da qual ele é o principal acionista, no topo da lista das companhias que respeitam as florestas tropicais e combatem o desmatamento.

Maggi reorientou a estratégia de suas empresas e virou o jogo. Desde o primeiro momento, ele foi um crítico da inútil irracionalidade da atual política ambiental brasileira.

Continua sendo um campeão do agronegócio, sem ter o seu nome associado a malfeitorias. Ninguém é obrigado a ser agrotroglodita.

Eremildo, o idiota

Eremildo é um idiota e ouviu o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, pontificando diante de mais de uma centena de mortos em Petrópolis. O doutor disse o seguinte:

"O que a gente tem que entender é que há uma dívida histórica desde outras tragédias que tiveram. [...] Foi a maior chuva desde 1932. Unir uma tragédia histórica com um déficit que realmente existe causou esse estrago todo. Que sirva de lição para que dessa vez a gente aja diferente".

Afora o português encharcado, o cretino acha que Castro não entendeu nada e, com uma postura professoral, quer que os outros entendam sabe-se lá o quê. O governador tem até as chuvas do próximo verão para explicar o que vem a ser "o déficit que realmente existe".

A gestão de Castro gastou apenas 42% das verbas orçamentárias para a prevenção de enchentes. O dinheiro simplesmente foi para outro lugar.

Não são os outros (que pagam os impostos) que precisam de lição, ele é que poderia ter feito o dever de casa.

Recorrer à retórica da bobagem diante de uma tragédia traz falta de sorte. Em 2010, o então governador Sérgio Cabral culpou as vítimas da enchente dizendo que "com a natureza não se brinca". Não se devia brincar com a natureza nem com otras cositas más e deu no que deu.

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