Flávia Boggio

Roteirista. Escreve para programas e séries da Rede Globo.

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Flávia Boggio
Descrição de chapéu

Confira os vencedores do 'Bolsonoscar'

Se as atuações do governo fossem premiadas, quem levaria a estatueta?

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No último domingo, a atriz Regina Duarte usou sua conta no Instagram para ironizar o desempenho de “Democracia em Vertigem” no Oscar. 

Após o filme de Petra Costa perder a categoria melhor documentário, a futura secretária da Cultura postou a foto de uma manifestação pró-impeachment, com a legenda: “Um Oscar para você, que foi pra rua derrubar o governo mais corrupto da história”.

Se levarmos em consideração as coreografias e os trios elétricos a favor da monarquia, as manifestações teriam mais chances no prêmio Framboesa de Ouro. Mas a eterna namoradinha do Brasil poderia aproveitar o embalo e distribuir estatuetas entre seus novos colegas. Se as atuações do governo Bolsonaro fossem premiadas, quem levaria o Oscar?

 
Ilustração sobre o governo Bolsonaro inspirada no Oscar. Há Damares Alves com vestido rosa, Olavo de Carvalho com chapéu de cowboy, Abraham Weintraub com chapéu de coelho, Sergio Moro, Roberto Alvim com braçadeira nazista e Jari Bolsonaro segurando um cartaz, no qual está escrito "GOD BLESS TRUMP". Todos estão segurando estatuetas do Oscar.
Galvão Bertazzi/Folhapress

Eis algumas sugestões para o “Bolsonoscar”:

Melhor atriz: Damares Alves. 

A ministra da Família já fez atuações de cair o queixo, como convocar coletiva e ficar muda.

Mas sua performance mais sublime foi quando recomendou que jovens não fizessem sexo. Como se eles seguissem algum conselho vindo do governo.

Melhor animação: Abraham Weintraub.

O ministro da Educação impressiona com seu vilão típico de desenho animado, daqueles que esfregam as mãozinhas enquanto planejam o mal. Sem contar que, depois do vexame do Enem, para ainda ter força para sair da cama, é preciso muita animação.

Melhor curta: Roberto Alvim.

Inspirada na Alemanha nazista, a atuação de apenas dois meses do secretário da Cultura, definitivamente, foi bem curta.

Edição de som: Sergio Moro.

Os vazamentos de grampos, meticulosamente selecionados, criaram uma narrativa de acordo com a visão do autor. Modular uma voz de pato até que ganhe tons heroicos é um destaque tecnológico que eleva o trabalho do ministro à categoria arte.

Melhor roteiro: Olavo de Carvalho.

Essa intrigante obra narra a transformação de um astrólogo irrelevante em um pseudofilósofo e professor.

O terraplanista se tornou guru do presidente, mesmo com sua estranha mania de citar a palavra com “c” que define o orifício entre as nádegas.

Melhor filme internacional: “Linha direta com Trump”.

Essa incrível obra de ficção conta a história do amor platônico do presidente Bolsonaro, que acredita na amizade verdadeira. Embora, claramente, seja feito de trouxa pelo presidente americano. Que plot twist!

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