Em meio a crise econômica e coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro aproveitou que ninguém perguntou para dizer que houve fraude nas eleições de 2018.
Não é a primeira vez que o capitão lança polêmicas para se esquivar de problemas reais do governo. Só no último mês, ele insultou uma jornalista sexualmente e trouxe um comediante sem graça para distribuir bananas a repórteres, o que prova que um dos seus únicos talentos é mudar de foco em momentos de crise.
Pensando nisso, depois do "Manual de Ofensas Gratuitas de Bolsonaro", a Secretaria da Comunicação convocou seu alto escalão de funcionários de 11 anos para lançar o "Guia do Bolso: Técnicas Bolsonaristas de Desvio de Assunto".
O livro reúne os melhores truques do presidente para desviar o foco de problemas graves para temas não tão importantes e que não lhe dizem respeito.
Como o "Guia do Bolso" é de bolso, pode ser usado por qualquer cidadão de bem no trabalho, com os amigos ou familiares. Veja algumas dicas.
Se seu chefe suspeitar que você anda desviando dinheiro da empresa, não se preocupe. Diga que ele tem uma cara de homossexual terrível. Se o financeiro pedir os recibos das transações, use a técnica quinta série de resposta e diga: "Pergunta para a tua mãe os recibos que ela dá para o seu pai." Mesmo que essa frase não tenha o menor sentido.
No grupo de família no WhatsApp, quando sua sobrinha esquerdopata acusar você de mandar fake news do site Bolsofeios, não se abale. Pergunte se ela quer dar o furo ou se usou o "Xerecard" para conseguir aquelas informações.
Seu hemograma chegou do laboratório apontando uma doença grave? Não é motivo de pânico. Mesmo que você não entenda absolutamente nada de medicina, tranquilize a sua família dizendo que é apenas uma fantasia espalhada pela grande mídia.
Se sua mulher pegar nudes no seu celular que acusam uma possível traição, fique tranquilo. Fale que as fotos são da sua época de solteiro, antes de se conhecerem. Se ela apontar que, no fundo das imagens, aparece o "BBB 20" na TV, não tem problema. Fale "acabou a D.R., talkey?", mande uma banana e saia correndo.
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