Flávia Boggio

Roteirista. Escreve para programas e séries da Rede Globo.

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Flávia Boggio

Paraguai condena Ronaldinho Gaúcho a voltar para o Brasil

Em sua defesa, ele alegou que, ao pedirem um passaporte paraguaio, entendeu que o documento deveria ser falsificado

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Assunção — A Justiça do Paraguai bateu o martelo sobre o caso de Ronaldinho Gaúcho. Por decisão unânime, o ex-jogador foi condenado a voltar para o Brasil.

O craque foi detido em março, após entrar no país com passaporte falso, num dos momentos mais trágicos de sua carreira desde a participação no disco de Jorge Vercillo.

O fato de ter sido eleito embaixador do turismo por Jair Bolsonaro tornou o incidente ainda mais grave. “É a prova de que o Brasil é o Paraguai do Paraguai”, comentou, na época, o presidente paraguaio. Em sua defesa, Ronaldinho alegou que, ao pedirem um passaporte paraguaio, entendeu que o documento deveria ser falsificado.

Ilustração de uma perna chutando uma pessoa com uniforme do Brasil, chuteiras, faixa verde na cabeça e cabelos longos. Na cena, há três zumbis com vírus em volta deles, uma bola de futebol furada, um pandeiro e um passaporte com carimbo FAKE em vermelho.
Galvão Bertazzi/Folhapress

Com a chegada do coronavírus, o que parecia ser um desastre se tornou um golpe de sorte. Enquanto os casos disparavam no Brasil, o ex-jogador se aproveitava do baixo número de infectados e do conforto de sua “prisão” num hotel de luxo no Paraguai. O país tem tido sucesso no controle de casos de Covid-19, com pouco mais de 200 mortos. Diferente do Brasil, que já ultrapassou 116 mil óbitos.

Os vergonhosos números brasileiros, somados a outras tragédias, como a reunião ministerial e a performance de “Asa Branca” na live de Bolsonaro, ajudaram na decisão do jogador de nunca mais voltar.

“Só maluco para voltar para o Brasil quando se pode curtir uma bela piscina de hotel, tocando um pandeirinho, com vista para o rio Paraguai?”, comentou um amigo e companheiro de rolês aleatórios.

O craque já tinha formado uma roda de samba com hóspedes do hotel, o que pode ter influenciado a decisão da Justiça de retirá-lo do país o quanto antes.

Os advogados tentaram de todas as formas recorrer da decisão. Sugeriram até que o ex-jogador passasse um mês fazendo compras nas lojas Monalisa Paraguay, considerado o maior castigo paraguaio. Mas o júri foi impiedoso e deu a sentença máxima de voltar ao Brasil.

Além do retorno, Ronaldinho foi condenado a assistir à conversa de Bolsonaro com Al Gore no modo repeat, suplício até para quem já foi bolsonarista declarado.

O ex-jogador perdeu seus patrocinadores paraguaios, Nice, Ardidas e Reboque. Logo após sua saída, o Paraguai fechou novamente as fronteiras, para impedir a entrada do coronavírus e de Ronaldinhos Gaúchos.

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