Flávia Boggio

Roteirista. Escreve para programas e séries da Rede Globo.

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Flávia Boggio
Descrição de chapéu
Maratona

Segunda temporada de 'Cidade Invisível' terá o Cidadão de Bem

Novos personagens do folclore aparecem na sequência da série sobre folclore brasileiro

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Desde sua estreia, no dia 5 de fevereiro, a série “Cidade Invisível", sobre as peripécias de personagens do folclore brasileiro no Rio de Janeiro, permanece entre as mais vistas da Netflix.

Animados com o sucesso, executivos da plataforma já planejam uma segunda temporada, com novas lendas.

Como nosso folclore é muito rico, ainda está difícil escolher quais figuras entrarão nos próximos episódios. Mas produtores já fizeram uma pré-seleção. A coluna conseguiu, com exclusividade, alguns dos personagens folclóricos que serão homenageados.

O cidadão de bem

Infiltrado na sociedade, se enquadra na categoria “lenda brasileira” porque, quando se diz “cidadão de bem”, normalmente, é do mal. Pode ser encontrado pelas cidades apontando o dedos aos outros e bradando frases como: “Eu pago meus impostos” e “precisa armar a população”, como solução para a segurança do país (uma outra grande lenda brasileira).

O liberal na economia, conservador nos costumes

Essa figura mitológica se diz defensora da “liberdade”, mas quer controlar as escolas, a cultura, as instituições, a Petrobrás, até o c* alheio. Para ele, a liberdade termina não onde começa a do outro, mas onde interessa. A lógica de raciocínio, para esse ser, é como uma grande lenda: não existe.

O tio do zap

Começou de forma inofensiva, como o tio do pavê, enviando piadas sem graça e imagens pornográficas ao grupo de família. Após o PT “destruir” sua vida, passou a enviar fake news e vídeos de youtubers fascistas. Quando suspeita da fonte, rebate: “pelo menos não é a Foice de S. Paulo”.

Mula sem cabeça usa faixa presidencial. Na mesma figura, dois seres místicos conversam: 'Dá medo?', pergunta um deles, 'Não, dá nojo', responde o outro
Ilustração de Galvão para coluna da Flávia Boggio publicada em 25 de fevereiro de 2021 - Galvão

A feminina, não feminista

Defende a igualdade de gêneros, mas é contra o feminismo, o que, para esse personagem folclórico, é como defender as árvores e ser contra as plantas, não faz sentido.

A família tradicional brasileira

Embora muitos acreditem nessa lenda mitológica, ela é raramente vista, porque um dos integrantes obrigatórios dessa “instituição”, o pai, desapareceu.

O mito

Reúne todos os poderes das lendas anteriores. Surgiu tentando explodir quartéis, mas preferiu implodir instituições. Às vezes, é confundido com a mula sem cabeça, mas, ao contrário das figuras folclóricas tradicionais, é contra a preservação das florestas. Transformou o país em um enorme curupira, que só anda para trás.

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