Flávia Boggio

Roteirista. Escreve para programas e séries da Rede Globo.

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Flávia Boggio

Babacun com mascarum nu queixum e outras novas cepas do vírus preocupam

Para acabar com o mal virulento, é necessária a substituição por variantes menos nocivas à sociedade

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A disseminação sem controle do novo coronavírus pelo Brasil está deixando cientistas em alerta. A preocupação é que o país se torne um celeiro de mutações, resultando em inúmeras variantes, mais resistentes e com maior poder de contaminação.

Mas o que a comunidade científica pouco fala é que existem outras cepas decorrentes da pandemia com alto poder de contágio.

A princípio, elas atuavam isoladamente na forma de senhores desocupados e jovens carentes. Com o tempo, começaram a circular por grupos de WhatsApp e reproduzir informações falsas rapidamente, até que se tornaram uma nova ameaça.

vírus no bar cercado de outros vírus pede ao garçom: "desce outra cepa?"
Galvão Bertazzi/Folhapress

É o caso da cepa Liberdadus pademicae. Existente desde o início da pandemia, tem como característica o mau uso da palavra “liberdade” para criticar as medidas de isolamento. O lema desse invólucro pestilento é “fica em casa quem quer, morre quem quer”, esquecendo que, por causa dele, morre também quem não quer.

Encontrado com frequência em locais públicos, o vírus Sine mascarum acredita que o uso de máscara é coisa de covarde escravo da OMS. Essa mutação também pode ser vista na forma de Babacun com mascarum nu queixum e o Palhaçum com mascarum com nariz para forau.

Já a cepa Antivaxinum, encontrada em regiões virtuais como Facebook e WhatsApp, esbraveja sobre os perigos da imunização, por ser uma forma de injetar vírus dentro das pessoas. Não percebe que descobriu, vejam só, o princípio básico da vacina.

Aparentemente inofensiva, mas bastante contagiosa, a variante Enfinus, a hipocrisius defende que todos fiquem em casa, mas é flagrada em churrasco com os amigos e viagens para o Caribe. Esse vírus é parente do Saúdum mentalium, que faz festa e aglomera na praia porque “saúde mental também é importante”.

Por último, também é nascida no Brasil, a mais ameaçadora das cepas, a Vita banalizadum. Com alto poder de contaminação, principalmente em pessoas desfavorecidas mentalmente. Foi encontrada na região central do país chamando a dor pelas mais de 2.000 mortes diárias por Covid de “mimimi”.

Especialistas alertam sobre a única forma de acabar com esse mal virulento: evacuação total do local e substituição por novas variantes menos nocivas à sociedade.

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