Hélio Schwartsman

Jornalista, foi editor de Opinião. É autor de "Pensando Bem…".

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Hélio Schwartsman

Volta à normalidade?

Qual seria o melhor democrata para governar os EUA?

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Joe Biden renasceu das cinzas e disputa, já na condição de favorito, com Bernie Sanders a indicação do Partido Democrata para concorrer à Presidência dos EUA. Qual dos dois tem mais chance de derrotar Trump? E qual o melhor para governar, caso se sagre presidente?

Até algumas semanas atrás, Trump era tido como um candidato quase imbatível à reeleição. Desfrutava da vantagem de já ocupar o cargo e de comandar o país em tempos de bonança econômica, com níveis confortáveis de crescimento e baixo desemprego. Ele continua a gozar do bônus de ser o "incumbent", mas a emergência da covid-19 lança incertezas sobre o estado da economia nos próximos meses. Uma desaceleração já é certa; a dúvida é se virá a recessão. Em qualquer caso, a mudança de curso joga a favor dos democratas.

Joe Biden fala à imprensa em Los Angeles, Califórnia - Robyn Beck/AFP

A sabedoria convencional reza que moderados (Biden) levam vantagem sobre os mais radicais (Sanders) num pleito nacional. Penso que, em alguma medida, a assertiva é correta, especialmente neste caso, já que Sanders se declara socialista, o que é anátema para um bom pedaço da população americana. Mas, nos últimos tempos, a política tem dado mostras de que a normalidade nem sempre triunfa.

E para governar? Biden ou Sanders? Sanders tem algo de Trump com sinal invertido. Ao contrário do atual presidente, ele parece ser uma pessoa decente, mas seus planos flertam com o pensamento mágico de esquerda, como a proposta de perdoar todas as dívidas estudantis (US$ 1,6 trilhão) e assegurar universidade gratuita para todos. Isso só no campo da educação superior. De onde virá o dinheiro para tocar todos os megaprojetos de Sanders ao mesmo tempo?

O pré-candidato democrata Bernie Sanders - AFP

Já Biden é um "insider" de Washington. Aposta em planos mais pé no chão e em retomar o diálogo com os republicanos. É bem menos emocionante, mas a volta à normalidade democrática que vigorou nas décadas anteriores à atual pode ser aquilo de que o mundo precisa.

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